O acordo do PS com o BE prevê, num anexo, a constituição de grupos de trabalho para estudar e preparar "iniciativas comuns" em várias matérias, entre as quais se encontra a "avaliação da sustentabilidade da dívida externa".
Este sempre foi um ponto de atrito com o PS, com o actual líder do partido a rejeitar sempre falar da reestruturação da dívida, mas a medida sempre foi defendida à esquerda, nomeadamente pelo BE que agora acordou com o PS estudá-la.
No anexo consta ainda a disponibilidade para os dois partidos prepararem iniciativas em áreas como o combate à precariedade (pretendem promover um Plano Nacional Contra a Precariedade), a avaliação de medidas de combate à pobreza, na área da política de habitação ou ainda quanto à possibilidade de redução dos custos energéticos – o BE queria a redução do IVA da electricidade para 6%, mas os dois partidos não chegaram a acordo nesta matéria com o PS a argumentar que a perda de receitas era insustentável.
