A exposição de armas antigas – séculos XIX e XX – foi hoje de manhã inaugurada no Edifício Aljube, no Comando da PSP do Porto, tem cerca de 200 relíquias e a organização do espólio coube ao Departamento de Armas e Explosivos daquela polícia, explicou à Lusa o subcomissário Paulo Barros, acrescentando que a mostra fica patente até dia 18 de Novembro.
Em entrevista à Lusa, o subcomissário Paulo Barros explicou que na exposição há armas usadas nas grandes guerras mundiais, armas como as utilizadas pelos ‘gangsters’ americanos do tempo da Lei Seca, mas também armas do tempo da Monarquia e que estavam atribuídas a membros da PIDE – Polícia Internacional e de Defesa do Estado, durante o período de ditadura em Portugal do Estado Novo.
Questionado pela Lusa sobre a proveniência de todas estas armas, o subcomissário Paulo Barros explicou que muitas delas fazem parte do depósito da PSP, a entidade com competência exclusiva de dar o destino às armas após as decisões judiciais.
Também há armas provenientes de decisões dos processos judiciais, de processos de contra-ordenação, entregas voluntárias de pessoas e de familiares de detentores que entretanto morreram.
Paulo Barros explica que a mostra tem uma preocupação de preservar “memória”, “valor artístico” e “valor museológico” e daí a selecção passar, por exemplo, por uma pistola semiautomática Luger “adquirida pela Monarquia e apresentada à Coroa do rei D. Manuel II, em 1906”, conforme consta da etiqueta anexa.
“Às vezes é a própria história daquela arma particular que encerra também uma história particular e portanto temos essa preocupação”, concluiu.
A exposição, que é aberta ao público em geral e é gratuita, decorre em paralelo com ‘workshops’ sobre a segurança das armas e com um leilão de armas que reúne revólveres apreendidos pela PSP em operações policiais, mas também fruto de entregas voluntárias.
Lusa