Um pontapé de tesoura, à Negrete no México-Bulgária do Mundial-86, garante a alegria de uns e a tristeza de outros. Aos 54 minutos, Bojan (esse, o ex-Barcelona) corre por ali fora e cruza para a área. A bola faz que anda e até voa. Marko Arnautovic pega-lhe bem, de forma acrobática, e bate Begovic. Que é como quem diz, derruba o Chelsea. Um-zero. É a terceira derrota seguida do Chelsea na Premier League, o que acontece pela primeira vez desde 1999 (com Gianluca Vialli como treinador). Quer isso dizer, antes da era Roman Abramovich, o proprietário russo do clube a partir de 2003.
Mourinho é o Missing One. A cumprir um jogo de castigo, pela falta de fair-play em não aparecer na obrigatória flash-interview da primeira derrota desta série, o treinador português está ali perto, num hotel. A equipa, essa, joga com Begovic, Azpilicueta, Zouma, Terry e Baba; Ramires e Matic; Pedro, Willian e Hazard; Diego Costa. De nada vale, o Chelsea não dá sequência ao 2-1 sobre o Dínamo Kiev a meio da semana e simplesmente não consegue arrancar lá de baixo. Já está no 16.º lugar do campeonato, a longíquos 14 pontos do líder Manchester City, que só joga amanhã, em Birmingham, com o Aston Villa. Em 12 jornadas, o currículo do Chelsea é um deplorável 3-2-7 em vitórias, empates e derrotas. Em matéria de golos, um penoso 16-23. É a terceira pior defesa do campeonato, atrás do Bournemouth (25) e Sunderland (26).
Agora é a paragem de selecções (play-off para uns, particulares para outros, como as selecções portuguesa e inglesa), depois retoma-se a Premier League e aí o Chelsea recebe o Norwich, a equipa que ultrapassa Mourinho neste sábado com o 1-0 ao Swansea.
