O académico francês René Girard, apelidado "o novo Darwin das ciências humanas", morreu na quarta-feira aos 91 anos nos Estados Unidos da América, anunciou a Universidade de Stanford, onde foi professor.
"O conceituado professor francês de Stanford, um dos 40 imortais da prestigiada Academia francesa, morreu na sua casa em Stanford, na quarta-feira, vítima de doença prolongada", disse a universidade californiana em comunicado.
Os seus livros, traduzidos em todo o mundo, "ofereceram uma visão audaciosa e vasta da natureza, da história e do destino humano", acrescentou a universidade.
Michel Serres, também professor em Stanford, apelidou-o de "novo Darwin das ciências humanes", refere o comunicado.
René Girard começou a carreira enquanto teórico literário, fascinado por todas as ciências sociais: história, antropologia, sociologia, filosofia, religião, psicologia e teologia.
"Influenciou escritores como o prémio Nobel J.M. Coetzee e escritor checo Milan Kundera, embora nunca tenha alcançado o prestígio dos seus pares estruturalistas, pós-estruturalistas e outros", acrescenta o comunicado de Stanford.
Nascido no dia de Natal de 1923, em Avignon, René Girard escreveu bastante sobre a diversidade e unidade das religiões.
René Girard viva nos Estados Unidos desde 1947. Ensinou em várias universidades, como Duke, Johns Hopkins e, sobretudo, Stanford, onde dirigiu durante muito tempo o departamento de língua, literatura e civilização francesa.
Terminou a sua carreira académica em Stanford em 1995.
Lusa