O lucro da Novabase subiu 115,8% nos primeiros nove meses do ano, face a igual período de 2014, para 4,4 milhões de euros, divulgou a tecnológica portuguesa.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Novabase adianta que o volume de negócios subiu 6,7% em termos homólogos, para 169,3 milhões de euros, sobretudo graças ao crescimento de 25% do negócio internacional.
O negócio internacional representa já 45% da actividade total, em linha com o objectivo anual de 40%/45%, atingindo os 75,7 milhões de euros, sendo que as operações na Europa aumentaram 55%, representando já metade da actividade não doméstica.
Destaque para os serviços, que cresceram 12%, representando três quartos do negócio total, muito impulsionados pela forte expansão do negócio de Business Solutions fora de Portugal, na ordem dos 54%.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) cresceu 6,2% para 10,5 milhões de euros e a margem de EBITDA estabilizou nos 6,2%.
“Os resultados agora apresentados confirmam o sucesso da estratégia de internacionalização da Novabase, estando em linha com os objectivos traçados para este ano”, refere no comunicado, o presidente da Novabase, Luís Salvado.
Luís Salvado salienta ainda que o EBITDA e o resultado líquido “evoluíram positivamente, apesar do ambiente desafiante no mercado doméstico e dos elevados custos da internacionalização”.
O número médio de colaboradores nos últimos nove meses aumentou cerca de 3%, para 2.384.
Luís Salvado destacou o esforço de recrutamento da Novabase, que só nos últimos 12 meses contratou 109 recém-graduados através do programa Novabase Academy.
Questionado hoje pela Lusa sobre se a tecnológica vai continuar a contratar, o presidente da empresa diz que tem sido essa a prática e reitera que “para crescer o número de postos de trabalho, têm de continuar a crescer os serviços”.
Os lucros por acção atingiram nos primeiros nove meses de 2015 os 0,14 euros, representado um aumento de 114% em termos homólogos (0,07 euros por acção).
A 29 de Maio deste ano, a tecnológica remunerou os seus accionistas em 0,9 milhões de euros, num valor de 0,03 euros por acção, a que juntaram os dividendos distribuídos no mesmo mês no valor de 0,4 milhões de euros, relativamente aos interesses que não controlam.
A prioridade para 2016 continuará a ser a internacionalização, diz Luís Salvado, com a adequação das apostas da empresa e respectivos meios ao potencial e à situação específica de cada mercado.
“Apesar da incerteza relativa a alguns mercados onde actuamos e das condições muito desafiantes no mercado doméstico, estamos empenhados no cumprimento do ‘guidance’ [objectivos] para o ano de 2015”, diz.
Lusa