Fenosa com lucros superiores a mil milhões em nove meses

Fenosa com lucros superiores a mil milhões em nove meses


A empresa vai distribuir dividendos superiores a 40 cêntimos por acção.


A Gas Natural Fenosa obteve um resultado líquido de 1094 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, mais 3,8% do que no mesmo período do ano anterior.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado cresceu 10,9%, atingindo 3998 milhões de euros, em parte devido ao crescimento das operações na América Latina, explicou a empresa.

O resultado líquido representa uma diminuição de 11,7% em termos homólogos, com a contabilização dos resultados extraordinários que em 2015 foram menores do que em 2014, ano em que foi vendida a Gás Natural Telecomunicações e participadas. 

A incorporação da Companhia Geral de Eletricidade chilena, em 2014, permitiu somar 464 milhões de euros ao EBITDA. A operação possibilitou compensar o impacto de 56 milhões da lei que afectou as actividades de gás reguladas em Espanha desde 5 de Julho de 2014, por um lado, e colmatar o contributo de 32 milhões de euros do negócio de telecomunicações, alienado em Junho, por outro.

Em termos homólogos, ajustando as mais-valias de ambos os períodos, o lucro aumentou 3,8%.

A empresa situou o seu rácio de endividamento em 46,9%, a 30 de Setembro, com uma dívida financeira líquida de 16031 milhões de euros, sendo que 96,2% da dívida é vencida em 2017, com um prazo médio de vencimento ligeiramente superior a cinco anos.

A multinacional mantém os objectivos para 2015, que incluem alcançar um EBITDA superior a 5 mil milhões de euros, um resultado líquido próximo dos 1500 milhões e manter um pay out (proporção do benefício líquido que se destina a dividendos) próximo dos 62%.

Face aos resultados de 2015, o conselho de administração decidiu alocar 408 milhões de euros (0,4078 euros por acção) para o pagamento de dividendos até ao próximo dia 8 de Janeiro de 2016.

Em Portugal, Gas Natural Fenosa continua a ser o segundo operador, com uma quota de mercado superior a 15%, e mantém a sua posição como primeiro operador estrangeiro. No mercado industrial, onde centra a sua actividade, a sua quota de mercado é superior a 20%.