O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na quarta-feira as estatísticas do emprego relativas ao terceiro trimestre de 2015. No segundo trimestre, a taxa de desemprego diminuiu para 11,9%, uma queda homóloga de 2 pontos percentuais e um recuo de 1,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior.
Entre as previsões recolhidas pela agência Lusa, a taxa de desemprego no terceiro trimestre deverá rondar os 11,7%, com o Núcleo de Estudos sobre a Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP), da Universidade Católica, a estimar que a taxa desça para 11,6%, enquanto o banco Montepio estima uma redução para 11,8%.
Segundo explicou à Lusa José Miguel Moreira, analista do departamento de Estudos do Montepio, esta “diminuição ligeira” do desemprego no terceiro trimestre face ao anterior “deve-se a uma diminuição do número de desempregados e a um aumento do emprego”.
Além disso, esta queda, a confirmar-se, demonstrará o “carácter pontual do agravamento do desemprego observado entre o quarto trimestre de 2014 e o primeiro trimestre deste ano, com a taxa de desemprego a retomar nos dois últimos trimestres a tendência de alívio que vem a observar desde o primeiro trimestre de 2013”, quando esta taxa atingiu os 17,5%, acrescentou José Miguel Moreira.
De acordo com a Folha Trimestral de Conjuntura do terceiro trimestre, o NECEP estima que a taxa de desemprego tenha descido 0,3 pontos percentuais face ao trimestre anterior, para 11,6%, “acompanhando a dinâmica de recuperação cíclica em curso”.
Por sua vez, o departamento de Estudos Económicos e Financeiros do BPI, apesar de não apresentar previsões para a taxa de desemprego trimestral, admite que a tendência de queda de desemprego e do aumento do volume do emprego registado nos últimos trimestres “sofram uma redução gradual ao longo do ano”.
Paula Carvalho, economista-chefe do BPI, disse à Lusa que o banco espera “uma taxa de desemprego em 2015 de 12,6%, o que incorpora a previsão de que no segundo semestre o número de desempregados continue a cair em termos homólogos, e o emprego a aumentar, também em termos homólogos”.
Em termos anuais, tanto o Montepio como o NECEP são mais optimistas, esperando uma taxa de desemprego de 12,4% e de 12,3% no final deste ano, respectivamente.
Lusa