Vai estar presente no encontro de militantes socialistas promovido por Francisco Assis. Qual é o objectivo deste almoço? Vamos partilhar uma preocupação. Dar uma nota ao país e ao PS de que há gente que pensa de maneira diferente e fazer com que o secretário-geral ouça isto. Ele negociou com o PCP, com o Bloco de Esquerda, mas não falou ao seu próprio partido. Nem ao órgão máximo entre congressos, que é a Comissão Nacional, nem a um conjunto de pessoas relativamente às quais deveria ter tido uma preocupação. Não teve preocupação nenhuma e o partido está nesta situação, está dividido.
Deveria ter existido mais discussão no interior do PS sobre o acordo à esquerda?
Isto não foi minimamente discutido no partido, porque só há um órgão que tinha capacidade para fazer um grande debate sobre esta matéria, que era a Comissão Nacional. A ideia deste encontro é reflectir sobre o momento actual e dizer que há gente que no PS que defende outro caminho.
Acha que a ideia de que o BE e o PCP estão a liderar as negociações é verdadeira? Ninguém sabe nada sobre o acordo. As únicas coisas que sabemos é pela Catarina Martins e pelo Jerónimo de Sousa. A Catarina Martins já pode dizer que conseguiu descongelar as pensões, não foi António Costa. Ela é a pivô deste processo.