A obesidade infantil afecta cada vez mais crianças. Em todo o mundo há 155 milhões de crianças em idade escolar com excesso de peso e em Portugal, números da Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil, o problema afecta uma em cada três. Não é difícil perceber que alimentos como batatas fritas, doces ou refrigerantes não ajudam a resolver o problema, mas um estudo publicado esta semana na revista “Health Affairs” vem mostrar que o peso das crianças aumenta na medida em que aumenta o consumo destes alimentos.
Um grupo de investigadores da Duke-National University, em Singapura, partiu de um grupo de 15.444 crianças nascidas entre 1991 e 1992 na região de Bristol (Inglaterra). Durante vários anos, analisaram os hábitos alimentares de 4.646 miúdos, que preencheram um diário de alimentação, com a sua altura, peso e actividade física a serem medidos aos 7, 10 e 13 anos.
Os resultados, agora publicados na “Health Affairs”, mostram que as crianças que ganharam mais peso em excesso durante esses anos eram as que comiam mais manteiga e margarina, peixe e aves panados, batatas fritas, carne processada, leite, doces e bebidas com açúcar. Os únicos alimentos saudáveis ingeridos regularmente por estas crianças, notam os investigadores, eram os cereais com alto teor de fibra e os grãos integrais.
Os investigadores mostram-se especialmente preocupados com o consumo das batatas fritas de pacote, que são muitas vezes consumidas como snack. “Verificámos que as batatas fritas são um dos alimentos que mais promovem a obesidade entre os jovens.” Isto por serem altamente calóricas (entre 583 e 574 kcal por 100 gramas) e terem um índice de saciedade baixo.
Um outro estudo de 2011, recuperado pela “Atlantic”, mostra que as batatas fritas, as bebidas com adição de açúcar e as carnes processadas são os grandes causadores da obesidade também nos adultos norte-americanos.
