Antes de fazer qualquer comentário à iniciativa de Francisco Assis, a deputada do PS Edite Estrela lembra que a estratégia que está a ser seguida pelos socialistas – a de derrubar o governo de coligação PSD/CDSe apresentar ao Presidente da República uma proposta de governo do PS com o apoio do PCPe do BE – foi aprovada e legitimada em comissão política “só com duas abstenções”. Isto para lembrar que aquilo que o PS está a fazer é “tratar do interesse nacional”. Aliás, insiste, “o PS sempre pôs acima do interesse partidário o interesse nacional”, frisa.
A ex-eurodeputada admite que “Francisco Assis tem toda a legitimidade, como qualquer militante do PS, um partido plural, de discutir a actividade política pelo país. Em democracia é normal que haja alternativas”. Mas lembra que talvez “não seja oportuno” tomar qualquer iniciativa com vista a disputar a liderança do PS, já que “a maior parte do PS está unido em torno do líder”.
A socialista afasta a ideia de que o fantasma de Assis paira sobre a liderança do líder do PS, eleito no ano passado. “António Costa vai ser reconduzido com grande maioria no congresso. Conheço bem o PS. A esmagadora maioria do partido está com o líder e apoia esta estratégia de formar governo com o apoio parlamentar do PCPe do BE”, garante Edite Estrela, que em 2011 apoiou Assis na corrida contra Seguro, quando se abriu a sucessão de Sócrates.