30 anos é muito tempo?


Adriano Moreira, líder do CDS, afirmava, com a clarividência de sempre, que o parlamento era constituído por uma “maioria de oposições”.


“Toda a arte da política é saber servir-se das conjunturas.” 
Luís XIV

Em Novembro de 1985, o governo minoritário de Cavaco Silva, o X Governo Constitucional, passou no parlamento, com os votos contra do PS, do PCP e do MDP, e a abstenção do PRD e do CDS.

Na altura, Adriano Moreira, líder do CDS, afirmava, com a clarividência de sempre, que o parlamento era constituído por uma “maioria de oposições”.

O programa de governo do PSD apontava para “a diminuição do desemprego, o alinhamento da inflação pela CEE (a inflação em Portugal situava-se, em 1985, nos 16%), a significativa melhoria dos rendimentos das famílias, a consistente correcção das contas externas”, entre outras metas.

O X Governo Constitucional apostava inequivocamente na iniciativa privada para o desenvolvimento económico e social.
Nesta época, os principais sectores da economia estavam nas mãos do Estado, na sequência da vaga de nacionalizações iniciada em Março de 1975.

A oposição socialista, por exemplo, criticou o programa pelo “sistemático desvio neoliberal”, enquanto o PCP afirmava que o documento “aparenta, quase sem subterfúgios, uma proposta de política que choca frontalmente com a Constituição”.

Os grandes objectivos da política externa eram “a integração plena na CEE e a manutenção da participação na Aliança Atlântica”, aos quais o PCP se opunha firmemente. O país estava a sair de uma gravíssima crise económica, que obrigou à intervenção do FMI.

Fica a pergunta: Quantas vezes já ouvimos isto?

Escreve à segunda-feira

30 anos é muito tempo?


Adriano Moreira, líder do CDS, afirmava, com a clarividência de sempre, que o parlamento era constituído por uma “maioria de oposições”.


“Toda a arte da política é saber servir-se das conjunturas.” 
Luís XIV

Em Novembro de 1985, o governo minoritário de Cavaco Silva, o X Governo Constitucional, passou no parlamento, com os votos contra do PS, do PCP e do MDP, e a abstenção do PRD e do CDS.

Na altura, Adriano Moreira, líder do CDS, afirmava, com a clarividência de sempre, que o parlamento era constituído por uma “maioria de oposições”.

O programa de governo do PSD apontava para “a diminuição do desemprego, o alinhamento da inflação pela CEE (a inflação em Portugal situava-se, em 1985, nos 16%), a significativa melhoria dos rendimentos das famílias, a consistente correcção das contas externas”, entre outras metas.

O X Governo Constitucional apostava inequivocamente na iniciativa privada para o desenvolvimento económico e social.
Nesta época, os principais sectores da economia estavam nas mãos do Estado, na sequência da vaga de nacionalizações iniciada em Março de 1975.

A oposição socialista, por exemplo, criticou o programa pelo “sistemático desvio neoliberal”, enquanto o PCP afirmava que o documento “aparenta, quase sem subterfúgios, uma proposta de política que choca frontalmente com a Constituição”.

Os grandes objectivos da política externa eram “a integração plena na CEE e a manutenção da participação na Aliança Atlântica”, aos quais o PCP se opunha firmemente. O país estava a sair de uma gravíssima crise económica, que obrigou à intervenção do FMI.

Fica a pergunta: Quantas vezes já ouvimos isto?

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