António Costa e o milagre das rosas


Desde a noite de 4 de Outubro, os cenários para o país mudaram com uma frequência pouco usual. Primeiro António Costa assumiu a derrota e felicitou quem teve mais votos; depois voltou atrás e achou que podia ser o vencedor com a ajuda do BE e do PCP; no PS ninguém se entendia e a…


Desde a noite de 4 de Outubro, os cenários para o país mudaram com uma frequência pouco usual. Primeiro António Costa assumiu a derrota e felicitou quem teve mais votos; depois voltou atrás e achou que podia ser o vencedor com a ajuda do BE e do PCP; no PS ninguém se entendia e a ala mais distante do PCP achava que uma coligação seria uma traição à memória do partido; Passos entendeu, num primeiro momento, que podia assumir a liderança do governo nos próximos quatro anos;de seguida falou-se num governo de gestão se a maioria de esquerda aprovasse uma moção de rejeição; Cavaco fez o discurso à nação e explicou os malefícios de um executivo em que existissem partidos contrários à União Europeia, à NATO e afins, conseguindo dessa forma unir as vozes discordantes no PS. 

Ao ler um manifesto tão duro com a esquerda, pensou-se que Cavaco jamais daria posse a um governo liderado por António Costa e apoiado por Catarina Martins e Jerónimo de Sousa, mas os seus conselheiros devem tê-lo feito reflectir e hoje já se diz que não terá outro remédio senão empossar o tal governo maléfico quando o de Passos sair de cena. Tudo muito confuso…

Mas hoje começa o reinado de um dos governos mais supersónicos da nossa história. PS, PCP e BE querem fazê-lo cair no próximo dia 10, para se encarregarem eles próprios dos destinos do país. Vão ser dias e meses muito longos, com grandes discussões à mistura e os dois lados da barricada bem separados. A paixão política foi recuperada e todos se acham defensores da melhor estratégia governamental. Nestas ocasiões são muitos os organismos que ficam quase paralisados à espera de ver como vão parar as modas, e o país pagará o preço.

Se Passos não terá oportunidade de acabar o que começou, esperemos que António Costa consiga o milagre das rosas, em versão moderna, não cortando salários, repondo os cortes do passado, aumentando as reformas, e dando mais e melhor qualidade de vida aos portugueses. Se o conseguir, ainda será contratado para liderar a Grécia…

António Costa e o milagre das rosas


Desde a noite de 4 de Outubro, os cenários para o país mudaram com uma frequência pouco usual. Primeiro António Costa assumiu a derrota e felicitou quem teve mais votos; depois voltou atrás e achou que podia ser o vencedor com a ajuda do BE e do PCP; no PS ninguém se entendia e a…


Desde a noite de 4 de Outubro, os cenários para o país mudaram com uma frequência pouco usual. Primeiro António Costa assumiu a derrota e felicitou quem teve mais votos; depois voltou atrás e achou que podia ser o vencedor com a ajuda do BE e do PCP; no PS ninguém se entendia e a ala mais distante do PCP achava que uma coligação seria uma traição à memória do partido; Passos entendeu, num primeiro momento, que podia assumir a liderança do governo nos próximos quatro anos;de seguida falou-se num governo de gestão se a maioria de esquerda aprovasse uma moção de rejeição; Cavaco fez o discurso à nação e explicou os malefícios de um executivo em que existissem partidos contrários à União Europeia, à NATO e afins, conseguindo dessa forma unir as vozes discordantes no PS. 

Ao ler um manifesto tão duro com a esquerda, pensou-se que Cavaco jamais daria posse a um governo liderado por António Costa e apoiado por Catarina Martins e Jerónimo de Sousa, mas os seus conselheiros devem tê-lo feito reflectir e hoje já se diz que não terá outro remédio senão empossar o tal governo maléfico quando o de Passos sair de cena. Tudo muito confuso…

Mas hoje começa o reinado de um dos governos mais supersónicos da nossa história. PS, PCP e BE querem fazê-lo cair no próximo dia 10, para se encarregarem eles próprios dos destinos do país. Vão ser dias e meses muito longos, com grandes discussões à mistura e os dois lados da barricada bem separados. A paixão política foi recuperada e todos se acham defensores da melhor estratégia governamental. Nestas ocasiões são muitos os organismos que ficam quase paralisados à espera de ver como vão parar as modas, e o país pagará o preço.

Se Passos não terá oportunidade de acabar o que começou, esperemos que António Costa consiga o milagre das rosas, em versão moderna, não cortando salários, repondo os cortes do passado, aumentando as reformas, e dando mais e melhor qualidade de vida aos portugueses. Se o conseguir, ainda será contratado para liderar a Grécia…