Jorge Jesus: “Não esperava que me aplaudissem, não esperava que me dessem flores”

Jorge Jesus: “Não esperava que me aplaudissem, não esperava que me dessem flores”


O mais polémico treinador português da actualidade é o protagonista da edição de Novembro da revista GQ.


Jorge Jesus mostra um lado que nem todos conhecem e aproveita para falar sobre a vida pessoal e profissional, sem nunca deixar de fazer comentários polémicos.

O técnico comenta os mais variados assuntos e não foge à questão de haver quem o considere arrogante. “Às vezes, se calhar, parece que tenho um pouco de arrogância. Mas, às vezes, também sei que tenho, quando quero e para quem quero. Conforme os momentos. Isso dá-me gozo. É um pouco fazer sentir ao outro: ‘Queres confronto? Então vamos lá para o confronto”, assume Jorge Jesus, numa entrevista que poderá ser lida na íntegra na próxima semana.

Sem papas na língua, Jorge Jesus sublinha ainda como foi a sensação de regressar ao Estádio da Luz. “Senti respeito. Senti que ali passei momentos felizes da minha carreira desportiva, mas, neste momento, estava do outro lado. Nada disso mexeu comigo porque sabia que estava a dirigir outra equipa. Tinha de estar com a minha auto-confiança como quando estava sentado no outro banco, neste caso, do rival”, sublinha o técnico.

Jorge Jesus frisou ainda que não houve surpresas na forma como foi recebido pelos adeptos do Benfica no dérbi, que aconteceu no passado domingo no Estádio da Luz (0-3), e diz que não estava  à espera de “flores”. “Não esperava que me aplaudissem, não esperava que me dessem flores”, garante.

O técnico confessou ainda que não esteve com os jogadores, mas assume que se encontrou com Rui Costa antes do jogo. “E ele é o único elemento daquela estrutura que percebe de futebol, é o único elemento que tem conhecimento das coisas. (…) O eventual futuro que o Benfica possa ter no futebol, ou passa pelo Rui Costa, ou não passa por ninguém”.

Nesta entrevista, fica-se ainda a saber que o momento que para Jorge Jesus foi mais difícil de gerir foi o empurrão de Cardozo (no final da Taça, em 2013). “Consegui resolver com alguma facilidade porque ele é um miúdo bom”.

Recorde-se que Jorge Jesus foi eleito o homem do ano pela revista GQ.