A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) espera que a Hot TV, um "serviço de programas temático de natureza sexual para adultos de âmbito nacional", transmita mais “programas em Língua Portuguesa” e produza mais “produção europeia e independente”, depois de uma avaliação a que sujeitou o canal entre Julho de 2009 e Junho de 2014.
Na deliberação da ERC pode ler-se que os serviços de programas televisivos de cobertura nacional "devem dedicar pelo menos 50% das suas emissões, com exclusão do tempo consagrado à publicidade, televenda e teletexto, à difusão de programas originariamente em língua portuguesa”.
Na difusão de programas originariamente em Língua Portuguesa e de obras criativas de produção originária em Língua Portuguesa os "valores obtidos ficam aquém das previsões legais, com percentuais que variam entre os 9,8%, em 2013, e os 15,4%, em 2011 e 2012."
O regulador assume que “o mercado de produção é essencialmente de origem estrangeira”, e diz que houve um “retrocesso” face a 2013, justificando a "fragilidade destes valores específicas da programação deste serviço, cujo mercado de produção é essencialmente de origem estrangeira".
Assim, a ERC “sensibiliza o operador no sentido de incorporar obras audiovisuais na sua programação que se integrem nos parâmetros avaliados”, ou seja, mais filmes pornográficos em Língua Portuguesa e mais obras de produção europeia.
O director da Hot Gold, a empresa proprietária do canal, João Costa, disse ao CM que a estação vai “tentar cumprir”.