Outras “ultrapassagens” polémicas

Outras “ultrapassagens” polémicas


Cinco casos que ficaram para a história.


{relacionados}

 

 

1. SÉRVIA – CROÁCIA

Basquetebol.

Jugoslávia 92, URSS 75 na final do Mundial-90. Na festa, um adepto entra em campo com uma bandeira croata. Conta Vlade Divac: “Disse-lhe que aquela bandeira não pertencia ali e ele respondeu-me que a bandeira da Jugoslávia era uma valente merda. Fiquei tão chateado que a atirei fora.” É o suficiente para provocar uma guerra e Divac ser eleito persona non grata. Ainda hoje.

2. URSS – EUA

Xadrez.

A capital islandesa, Reiquiavique, recebe o jogo do século em 1972. A vitória de Bobby Fischer (EUA) sobre Boris Spassky (URSS) por 12 e meio a oito e meio acaba com 24 anos de domínio da URSS. Como se isso fosse pouco, muda a vida de Spassky. As esferas do poder da URSS atormentam de tal maneira o xadrezista que este acaba por se exilar em França.

3. EL SALVADOR – HONDURAS

Futebol. 

Play-off da Concacaf, vale um lugar no Mundial 70. Em Tegucigalpa (Honduras), os adeptos desentendem-se como gente grande. Na segunda-mão, em SãoSalvador, o hino hondurenho é vaiado e a bandeira hasteada é um pano! Nas bancadas morrem dois hondurenhos. Fecha-se a fronteira entre os dois países, e começa uma guerra. Dura cem horas, 2100 pessoas perdem a vida.

4. AUSTRÁLIA – ESPANHA

Ténis.

A final da Taça Davis 2000 é um cambalacho. Em Málaga, a equipa australiana treina uma semana com bolas Penn ATP em que o logotipo é de um jogador de ténis. Em Barcelona, na véspera do início do evento, as bolas não têm o tal desenho, são mais pesadas e maiores. Os australianos protestam.À falta de resposta dos espanhóis, o governo aperta e Espanha retira as tais bolas.

5. COREIA DO NORTE – COREIA DO SUL

Ténis de Mesa.

Depois de divididas no fim da Segunda Guerra, em 1945, a unificação das Coreias é um acontecimento ímpar. Em 1991, a selecção feminina ganha o Mundial de ténis de mesa, vs.China, no Japão. Um mês depois a selecção sub-20 de futebol entra em Portugal para o Mundial: ganha à Argentina, empata com a Irlanda e perde com um livre de Paulo Torres. Nos quartos, apanha 5-1 do Brasil.