PCP não adianta se haverá texto comum de rejeição com PS e BE

PCP não adianta se haverá texto comum de rejeição com PS e BE


João Oliveira reiterou a garantia de que o PCP apresentará uma moção de rejeição à proposta de governo hoje apresentada.


O líder parlamentar do PCP considerou esta terça-feira que a proposta de governo entregue pelo primeiro-ministro indigitado ao Presidente da República é uma formalidade que acarreta instabilidade, não adiantando se haverá uma moção de rejeição conjunta com PS e BE.

Falando aos jornalistas na Assembleia da República, o presidente da bancada comunista, João Oliveira, reiterou a garantia de que o PCP apresentará uma moção de rejeição ao programa do governo, não adiantando se haverá um texto comum com PS e BE, partidos que também anunciaram a intenção de o fazer, o que leva à demissão do executivo.

"Esta constituição do governo tem que ser interpretada no quadro da formalidade que é preciso cumprir, sendo certo que a perspectiva que existe é que o governo não chegue a iniciar funções e é considerando tudo o que isso significa de instabilidade e de perda de tempo que deve ser apreciada a constituição deste novo executivo", afirmou João Oliveira.

Para o líder parlamentar comunista, esta "formalidade resulta das decisões que foram assumidas, particularmente, pelo Presidente da República quando decidiu indigitar Passos Coelho, numa solução governativa que, já é conhecido, não tem apoio na Assembleia da República".

A proposta de composição do XX Governo Constitucional apresentada esta terça-feira por Passos Coelho é composta por um vice-primeiro-ministro mais quinze ministros, dos quais oito são novos, e inclui quatro mulheres.

A tomada de posse do XX Governo Constitucional está marcada para sexta-feira, pelas 12h, no Palácio da Ajuda.

Lusa