“Espero que em Novembro, no parlamento, os deputados rejeitem este governo”, declarou o líder da Fenprof à agência Lusa.
Mário Nogueira frisou que a questão central são as políticas e não a pessoa agora escolhida para o cargo de ministra da Educação e Ciência.
“O programa da coligação é de continuidade com as políticas que foram seguidas nos últimos anos de destruição da escola pública e dos direitos dos professores”, observou o dirigente sindical, citando a municipalização da educação e os concursos de colocação de docentes como casos de discordância com as medidas desenvolvidas sob a égide do governo de coligação PSD-CDS/PP.
A Federação Nacional da Educação (FNE) afirmou também que o mais importante neste momento é conhecer o programa do governo e saber se vai ser investido, numa reacção à escolha de Margarida Mano para liderar a pasta.
“Não conhecemos (a nova ministra), sabemos que tem uma especialização em gestão na educação, mas o que está aqui em causa também não são as pessoas, são as políticas”, disse à agência Lusa o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva.
O dirigente sindical frisou que o governo foi anunciado “num contexto de grande fragilidade”, não havendo certezas sobre o que vai acontecer a seguir.
Manifestou, no entanto, interesse em conhecer o programa do governo e reivindicou, desde já, a alteração de “um conjunto de matérias” na área da educação, no sentido da valorização da função do docente e das condições de trabalho dos professores.
“Temos de ver o que vai ser escrito no programa do governo e se vai ser investido”, sublinhou.
Lusa