Revolução de Outubro


“Viva o próximo governo, que este já tomou posse!”  Anarquistas, 1975 A decisão de Cavaco Silva de indigitar Passos Coelho para formar governo não merece qualquer reparo. Estranho é que os partidos do futuro “arco da governação” tenham afirmado que se trata de uma “perda de tempo”. São os mesmos partidos, note-se, que gritam…


“Viva o próximo governo, que este já tomou posse!” 
Anarquistas, 1975

A decisão de Cavaco Silva de indigitar Passos Coelho para formar governo não merece qualquer reparo. Estranho é que os partidos do futuro “arco da governação” tenham afirmado que se trata de uma “perda de tempo”. São os mesmos partidos, note-se, que gritam que a Assembleia da República é soberana e que dela é que deve emanar o governo. Pronuncie-se então a Assembleia da República.

Mas o que se vai seguir ao mais que certo chumbo do governo indigitado? Pelo discurso de Cavaco Silva, poderia concluir-se que o Presidente da República jamais dará posse a um governo PS com apoio do PCP e do BE. Na minha modesta opinião, vamos mesmo ter um governo liderado pelo PS, “legítimo representante da esquerda democrática”, nas exactas palavras de António Costa, com apoio dos partidos de uma esquerda que, assim sendo, não sabemos bem o que é: “menos democrática”? “Antidemocrática”? Na verdade, está criada uma Frente Popular – uma espécie de “bolcheviques (significa maioria)” à portuguesa – à volta de meia dúzia de objectivos, como a restituição dos cortes salariais e das pensões de reforma, do aumento do salário mínimo e da manutenção da TSU.

Todos aguardamos com expectativa o programa deste governo. Governo legítimo? Sem dúvida. Apesar de se tratar de uma bela golpada, é manifestamente exagerado falar de “golpe de Estado”.

Na bolsa das apostas, quem arriscar num governo de legislatura pode ficar rico.
Poucos estão dispostos a “pagar para ver”.

O pior é se, depois de ver, vamos ter de pagar.

Escreve à segunda-feira

Revolução de Outubro


“Viva o próximo governo, que este já tomou posse!”  Anarquistas, 1975 A decisão de Cavaco Silva de indigitar Passos Coelho para formar governo não merece qualquer reparo. Estranho é que os partidos do futuro “arco da governação” tenham afirmado que se trata de uma “perda de tempo”. São os mesmos partidos, note-se, que gritam…


“Viva o próximo governo, que este já tomou posse!” 
Anarquistas, 1975

A decisão de Cavaco Silva de indigitar Passos Coelho para formar governo não merece qualquer reparo. Estranho é que os partidos do futuro “arco da governação” tenham afirmado que se trata de uma “perda de tempo”. São os mesmos partidos, note-se, que gritam que a Assembleia da República é soberana e que dela é que deve emanar o governo. Pronuncie-se então a Assembleia da República.

Mas o que se vai seguir ao mais que certo chumbo do governo indigitado? Pelo discurso de Cavaco Silva, poderia concluir-se que o Presidente da República jamais dará posse a um governo PS com apoio do PCP e do BE. Na minha modesta opinião, vamos mesmo ter um governo liderado pelo PS, “legítimo representante da esquerda democrática”, nas exactas palavras de António Costa, com apoio dos partidos de uma esquerda que, assim sendo, não sabemos bem o que é: “menos democrática”? “Antidemocrática”? Na verdade, está criada uma Frente Popular – uma espécie de “bolcheviques (significa maioria)” à portuguesa – à volta de meia dúzia de objectivos, como a restituição dos cortes salariais e das pensões de reforma, do aumento do salário mínimo e da manutenção da TSU.

Todos aguardamos com expectativa o programa deste governo. Governo legítimo? Sem dúvida. Apesar de se tratar de uma bela golpada, é manifestamente exagerado falar de “golpe de Estado”.

Na bolsa das apostas, quem arriscar num governo de legislatura pode ficar rico.
Poucos estão dispostos a “pagar para ver”.

O pior é se, depois de ver, vamos ter de pagar.

Escreve à segunda-feira