O antigo ministro Bagão Félix e o ex-secretário-geral da UGT João Proença integram a lista Renovar o Montepio, candidata à eleição dos órgãos da associação mutualista Montepio Geral, contra o actual presidente, Tomás Correia.
As eleições realizam-se no próximo dia 2 de Dezembro e abrangem o triénio 2016/2018. A lista Renovar o Montepio integra ainda António Godinho, co-autor do livro “Renovar o Montepio”, que concorre a presidente do conselho de administração, ficando João Proença em segundo lugar. António Godinho foi um dos defensores de uma separação clara entre a associação mutualista e o banco e no livro criticou a actuação tardia dos reguladores relativamente a esta questão.
Victor Baptista, António Oliveira de Andrade e Nuno Henrique Monteiro são outros dos nomes que integram a lista para o conselho de administração.
Já António Bagão Félix lidera a lista para o conselho fiscal da instituição, acompanhado de Jorge Lapa Simões, Isabel Guimarães, Carlos Góis e Miguel Félix Paulo, estes dois últimos suplentes.
Para a mesa da assembleia--geral concorre José Pinto Ramalho, general e presidente da liga de Amizade Portugal-China.
A lista terá como opositor Tomás Correia, antigo presidente do banco e da associação mutualista, que anunciou em Julho querer candidatar-se à presidência da Associação Mutualista do Montepio. Na altura Tomás Correia defendeu que a má imagem que a instituição tem neste momento o obrigava a uma recandidatura ao próximo mandato.
Recorde-se que o Montepio foi autorizado pelos associados em Abril a promover uma alteração aos estatutos para separar a gestão da associação mutualista da da instituição financeira, numa assembleia geral em que participaram 640 associados.
Esta separação também decorreu dos resultados de uma auditoria feita pelo Banco de Portugal, divulgados em Maio passado, em que se concluía que, embora não tivesse havido “consequências patrimoniais” decorrentes da gestão de 2009 a 2012, era preciso implementar melhorias, das quais, considerou o regulador, 90% já foram corrigidas.
José Félix Morgado, que renunciou ao cargo de gestor na Inapa, empresa de distribuição de papel, assumiu, a convite do próprio Tomás Correia, a presidência da Caixa Económica nessa altura depois de receber luz verde do Banco de Portugal.