Portas diz que “primeiro passo” é indigitar Passos

Portas diz que “primeiro passo” é indigitar Passos


Presidente do CDS foi a Belém dizer ao chefe de Estado que só há uma leitura dos resultados das eleições: a coligação ganhou. E acusou António Costa de estar apenas “à procura da sua sobrevivência”.


O líder do CDS também esteve esta terça-feira reunido com o Presidente da República junto de quem defendeu ser “evidente que o primeiro passo a seguir neste momento é a indigitarão de Pedro Passos Coelho como tendo o mandato para formar governo”.

Paulo Portas atira mesmo forte a António Costa que, horas antes no mesmo espaço declarou haver condições de governabilidade à esquerda, dizendo ser “absolutamente extraordinário ver um líder politico à procura da sua sobrevivência considerar o voto do povo um detalhe e considerar o parlamento de Portugal uma formalidade”.

Na reunião com Cavaco Silva, Portas defendeu que na sequência das eleições “politicamente havia duas candidaturas a primeiro-ministro: a da coligação, de Pedro Passos Coelho, que ficou em primeiro, e a do PS que ficou atrás. Estes são os factos simples como o povo sabe lê-los”. Mas o líder do CDS também diz que “os resultados implicam para todos os agentes políticos um grande sentido de responsabilidade e de Estado. O povo disse com clareza que a coligação devia continuar e que devíamos procurar compromissos que mantivessem Portugal dentro do quadro da União Europeia, do projecto europeu, do euro, do Tratado Orçamental, da nossa credibilidade externa e interna, para podermos respeitar os sacrifícios e podermos ter crescimento económico, criação de emprego e maior justiça social nos próximo quatro anos”. 

Foi neste quadro que Portas (que na comitiva do CDS levou Assunção Cristas, Nuno Melo, Pedro Mota Soares e Nuno Magalhães) diz que a coligação procurou compromissos com o PS, que não foram possíveis de alcançar. Por isso, a conclusão que o líder democrata-cristão defendeu perante o Presidente da República foi a digitação de Passos Coelho. A decisão será tomada por Cavaco Silva no final deste conjunto de reuniões com os partidos que terminam amanhã com as audiências do PCP, PEV, PAN.