“Eu tenho de os seguir e ver para onde vão. No fim de contas, eu sou o seu chefe.”
Robespierre
Em 1985, passam agora 30 anos, as legislativas ditaram a vitória do PSD sem maioria absoluta, o que, aliás, nunca tinha acontecido para um só partido.
O novo líder, Cavaco Silva, tinha-se revelado decisivo, uma vez que o PSD saía de um governo de coligação com o PS que tinha governado num período de grande crise, com empresas a encerrar, salários em atraso e o FMI em Portugal.
Tinha aparecido um novo partido, o PRD – Partido Renovador Democrático, ligado a Ramalho Eanes, que conseguiu um resultado histórico: cerca de um milhão de votos, apenas menos 200 mil que o PS, o mais castigado nessas eleições.
Os renovadores tinham concentrado boa parte dos votos de descontentamento por aqueles anos de grande austeridade.
Dois anos depois, PS, PRD E PCP votaram uma moção de censura que fez cair o governo.
PS e PRD apresentaram ao Presidente da República, Mário Soares, uma solução alternativa para substituir o governo derrubado. Soares recusou e convocou eleições.
O PSD venceu com maioria absoluta, com mais um milhão de votos do que em 1985. O PRD, autor da moção, implodiu e perdeu quase 800 mil votos e o PS manteve o resultado de há dois anos.
A história não se repete mas, por vezes, prega-nos partidas.
Escreve à segunda-feira