Numa informação a propósito do Dia Internacional de Erradicação da Pobreza, que se assinala sábado, o Eurostat informou que um em cada quatro habitantes da UE estava em risco de pobreza ou exclusão social, um valor mais alto do que o registado em 2008 (23,8%).
Estes dados, em Portugal eram de 26% em 2008 e de 27,5% no ano passado.
Comentando estes dados, a comissária dos Assuntos Sociais, Marianne Thyssen, notou que, apesar dos sinais de recuperação, que se traduz na lenta criação de emprego, a “UE ainda enfrenta um nível inaceitável de desemprego e pobreza”.
“Mais de 23 milhões de pessoas estão desempregadas na UE, das quais 12 milhões há mais de um ano e 122 milhões de pessoas em risco de pobreza”, notou a responsável, referindo os esforços de Bruxelas para combater o desemprego jovem e para o desemprego de longo duração.
Segundo as estatísticas, os países com pessoas em maior risco de pobreza são a Roménia (40,2%), Bulgária (40,1%) e a Grécia (36%), enquanto no lado opostos estão a República Checa (14,8%), Suécia (16,9%), a Holanda (17,1%) e a Finlândia (17,3%).
Analisando um dos factores para esta situação, a falta de rendimentos, o Eurostat registou que, em 2014, 17,2% da população na UE corre risco de pobreza após transferências sociais.
Com dificuldades em pagar as contas, manter a casa quente ou conseguir tirar férias estava, no ano passado, quase 9% dos habitantes do espaço comunitário, enquanto a trabalhar menos horas do que o seu potencial estavam 11,1%.
Em Portugal, o maior aumento destes factores registou-se na rubrica de agregados com baixa taxa de trabalho, com passagem de 6,3% para 12,2%.
Lusa