Luís Franco é o secretário-geral do PCTP/MRPP e foi suspenso do cargo, juntamente com mais quatro membros do Comité Permanente do Comité Central, entre os quais Garcia Pereira.
Luís Franco é acusado de ser o responsável pela derrota do partido nas eleições legislativas e acusado de “incompetência, oportunismo e anti-comunismo primário”.
Em nota divulgada no jornal online Luta Popular, órgão oficial do PCTP/MRPP, é citado um comunicado de uma reunião do Comité Central de 10 de Outubro, seis dias depois das eleições, em que se refere que este órgão máximo ratificou a decisão que já tinha entrado em vigor dois dias depois das eleições legislativas.
Em causa está, segundo um relatório divulgado no Luta Popular online, o facto de o PCTP/MRPP ter perdido quase três mil votos nas legislativas de 4 de Outubro, e não ter conseguido eleger qualquer deputado, o que constitui “uma profunda derrota”.
Ainda segundo o relatório, estavam reunidas, nas legislativas de 4 de Outubro, as “melhores condições objectivas de sempre” para que o PCTP/MRPP, cujo cabeça de lista por Lisboa era Garcia Pereira, obter outros resultados que lhes proporcionassem “alcançar os objectivos políticos imediatos”, e que tal só não aconteceu devido “à incompetência, oportunismo e anticomunismo primário do secretário-geral do partido e dos quatro membros do Comité Permanente do Comité Central” acusando-os de tudo terem feito “para sabotar a aplicação do comunismo, do marxismo-leninismo, dos métodos de trabalho, do programa político e da linha de massas que sempre caracterizaram a vida e luta do partido”.
No comunicado, esta decisão, tomada por unanimidade pelo Comité Central pede aos dirigentes que apresentem, até dia 20 de Outubro, “um relatório político das suas actividades, com a respectiva autocrítica”.
Na reunião deste órgão máximo do partido foi também convocado o I Congresso Extraordinário do PCTP/MRPP para os dias 29 e 30 de Abril e 1 de Maio, e criada uma Comissão Política Especial para organizar e realizar aquela assembleia magna.
Para o jornal Luta Popular online foi nomeado um novo director. No final do comunicado é feito um apelo aos militantes para que se empenhem “denodadamente neste trabalho de refundação do partido comunista operário português”, correndo das “fileiras com os social revisionistas, social-fascistas e demais oportunistas”.
