Qual é, para a Igreja Católica, a diferença entre namoro e noivado?
O noivado começa a partir do momento em que há um pedido de casamento, começando os noivos a preparar-se para o matrimónio e assumindo esse compromisso.
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Como é que os católicos devem namorar?
Desde logo, sem intimidade sexual. O sexo, segundo o Catecismo da Igreja Católica, só é aceitável no contexto do casamento e numa lógica de abertura à vida. E mesmo alguns toques, beijos e carícias não são aconselhados – se constituírem um apelo à sexualidade e à sensualidade. Cabe ao casal, diz o Catecismo, ajudar-se “mutuamente a crescer na castidade”. De resto, o namoro é encarado como uma “prova”. O número 2350 do Catecismo refere que os namorados ou noivos devem procurar conhecer-se mutuamente, descobrindo o “respeito mútuo” e num compromisso de fidelidade.
Como é que os noivos se devem preparar para o casamento?
A preparação para o matrimónio, diz a Igreja, começa muito cedo, através do exemplo e do ensino dos pais e das famílias. As crianças e jovens devem ser educados “na estima pela castidade” e, quando chegar a “idade conveniente”, podem passar do noivado ao casamento. O matrimónio implica sempre um curso de preparação, que é ministrado nas paróquias pelo menos seis meses antes da data da celebração do casamento. Na formação, os noivos reflectem sobre o noivado, o matrimónio, o diálogo e o amor e conversam sobre a forma como encaram a vida e como pretendem educar os filhos.
É obrigatório casar com a pessoa com quem se namora?
Depende. É certo que, para a Igreja Católica, o namoro assenta numa ideia de compromisso: não há namoro só por haver. A partir do momento em que se inicia uma relação, os namorados católicos estão a admitir que pretendem iniciar uma caminhada responsável e um compromisso de futuro. Porém, sendo o namoro uma “prova” – como refere o Catecismo – que tem por objectivo o conhecimento mútuo, pode acontecer o casal não se entender ou chegar à conclusão de que o casamento não é viável, havendo uma ruptura. No entanto, o namoro nunca é encarado, pelos católicos, de ânimo leve.