Don’t Worry, Be Happy. A história sobre uma tentativa de assassinato a Bob Marley, ainda que ficcionada, só pode dar prémio. Um dia rei, rei para a vida. Máxima que Marlon James, autor jamaicano de 44 anos, recuperou para vencer o Man Booker Prize 2015. É o primeiro jamaicano a vencer – já havia também sido o primeiro finalista do país – tamanha distinção nos 47 anos de existência do Man Booker.
O autor natural de Kingston, que reside actualmente em Minneapolis, criou um enredo que se estende por 686 páginas, explorando mais de 75 personagens e vozes, tudo em torno da tentativa de assassinato de Marley em 1976, a quem James chama apenas de “The Singer”.
Sabe-se pouco sobre a obra, mas há já quem saiba. O “The New York Times” classifica-o desta forma: “É como um remake do ‘The Harder They Come’ mas com banda sonora do Bob Maryley e argumento de Oliver Stone e William Faulkner”. O livro foi editado pela Oneworld Publications, a primeira editora independente a vencer o prémio.
Marlon James destrona assim Tom McCarthy (“Satin Island”), “A Spool of Blue Thread” (Anne Tyler), “The Year of the Runaways” (Sunjeev Sahota), “A Little Life” (Hanya Yanagihara) e “The Fisherman” (Chigozie Obioma). No problem, deve ter dito James.