1967-68, EUSÉBIO (42)
Em 1967/68, a revista “France Football” cria a Bota de Ouro, para o melhor marcador dos campeonatos europeus. Logo na primeira edição, é Eusébio quem ganha o troféu, com 42 golos em 24 jogos. No último dia, o Pantera está empatado com o húngaro Dunai (Ujpest Dozsa). Ambos têm 36.O Ujpest perde 2-0 e o Benfica esmaga (8-0) o Varzim na Luz. José Torres marca os dois primeiros, Eusébio os últimos seis.
1972-73, EUSÉBIO (40)
Campeões a sete jornadas do fim, a preocupação dos benfiquistas passa para a coroação de Eusébio como rei dos artilheiros na Europa. O alemão Gerd Müller é o adversário. Na última jornada, ambos empatados com 36 golos. A9 de Junho, os bávaros empatam 1-1 com o Colónia sem golo de Müller. No dia seguinte, 6-0 do Benfica ao Montijo na Luz, com quatro golos de Eusébio. Aos 22’, já era o Bota de Ouro.
1982-83 GOMES (36)
No regresso de Pedroto às Antas, o FC Porto nada ganha a não ser a Bota de Ouro do seu número 9, que depressa se distancia do concorrente directo, o holandês Peter Houtman (31 golos), que trocaria o Feyenoord pelo Sporting em 1987. O avançado português faz uma época exemplar, com cinco golos ao Estoril (6-0), quatro ao Boavista (outro 6-0) e três ao RioAve (4-0), Braga (5-0) e Amora (5-0). Dos seus 36 golos, só dois são de penálti: Braga e Sporting.
1984-85 GOMES (39)
É aqui que nasce o cognome bibota. Com 39 golos, 12 deles de grande penalidade (em três jogos, o exercício dos 11 metros até se repete…), o capitão portista recebe a segunda Bota de Ouro, bem à frente do irlandês Martin McCaughey (Linfield, 34 golos). O avançado português comete a proeza demarcar cinco ao Vizela (9-1) e também de inscrever três hat-tricks, a Braga (3-2), Boavista (3-0) e Belenenses (5-1).
2007-08 RONALDO (31)
O extremo do Manchester United começa mal. É expulso na segunda jornada, no dérbi de Manchester, e sómarca o primeiro golo da Premier à oitava ronda. Mas a partir daí é sempre a festejar. Blackburn, Fulham, Everton, Portsmouth, Newcastle, Bolton e West Ham são vítimas da sua tendência de marcar aos pares. No fim da época, o número 7 marca 31 golos em 34 jogos e ganha o braço-de-ferro ao espanhol Güiza (Maiorca), que termina a época com 27.
2010-11 RONALDO (38)
Zarra (Athletic Bilbao em 1950/51) e Hugo Sánchez (Real Madrid em 1989/90) eram os mitos da Liga, com 38 golos cada numa só época. Mas o português do Madrid já igualou esse recorde espanhol – e ainda falta uma jornada. Naqueles desvarios de mísseis teleguiados, fintas com as costas e malabarismos vários, CR7 marcou quatro golos ao Racing (6-1) e ao Sevilha (6-2) e três a At. Bilbao (5-1), Villarreal (4-2), Málaga (7-0) e Getafe (4-0). De bis, nem se fala. Foram sete. Nas últimas três jornadas, nove golos.
2013-14 RONALDO (31)
Aí está o hat-trick. Aqui a Bota é dividida com o uruguaio Luis Suárez, então no Liverpool. Ambos marcam 31 golos. E se Suárez brilha intemsanente na Premier League nas últimas jornadas, já o português do Real Madrid falha o compromisso com a baliza: apenas um golo nos últimos 360 minutos. Como tal, deixa-se apanhar por Suárez. O que não o impede de ultrapassar os compatriotas Gomes e Eusébio de uma assentada. E Messi? Tem três, como ele.
2014-15 RONALDO (48)
Aí está o póquer, à conta de 48 golos em tão-só 35 jogos. Na cerimónia de entrega, no Hotel Westin Palace, em Madrid, o jogador é agraciado com a quarta Bota de Ouro na companhia de Fernando Santos (seleccionador), Fernando Gomes (presidente da federação) e Jorge Mendes (empresário). Ligeiramente atrás deste trio, Florentino Pérez (presidente do Real Madrid). Já tem quatro, é o rei da companhia, à frente de Messi (três) e de um pelotão infinito com duas.
