A Comissão Europeia vai investir perto de 16 mil milhões de euros em investigação e inovação nos próximos dois anos, no âmbito do programa-quadro Horizonte 2020, de acordo com o novo calendário de trabalho para o período 2016-17, adoptado hoje.
As novas oportunidades de financiamento inserem-se nas prioridades políticas da Comissão presidida por Jean-Claude Juncker e prestarão, de acordo com o grupo de trabalho, “um contributo significativo para o emprego, o crescimento e o investimento, para o mercado único digital, para a união da energia e política das alterações climáticas, para o reforço do sector industrial no mercado interno e para tornar a Europa num interveniente mais forte a nível mundial”.
Carlos Moedas, comissário da Investigação, Ciência e Inovação, disse hoje que “a investigação e a inovação constituem os motores do progresso da Europa e são essenciais para fazermos face aos novos desafios prementes com que nos confrontamos hoje, como é o caso da imigração, das alterações climáticas, da energia não poluente e da promoção de sociedades saudáveis. Ao longo dos próximos dois anos, 16 mil milhões de euros, provenientes do programa-quadro Horizonte 2020, darão apoio aos esforços científicos de topo na Europa, fazendo a diferença para a vida dos cidadãos”.
O novo programa de trabalho para 2016-17 dá oportunidades de financiamento através de uma série de convites à apresentação de propostas, contratos públicos e outras medidas, como os prémios Horizonte que, em conjunto, abrangem cerca de 600 tópicos. A estrutura do programa centra-se nas prioridades da União Europeia a longo prazo e nos desafios societais mais urgentes.
O programa apoiará uma série de iniciativas transversais, como a modernização da indústria transformadora europeia (mil milhões), as tecnologias e normas para a condução automática (mais de 100 milhões), a Internet das coisas (139 milhões) que diz respeito à digitalização das indústrias da EU, a Indústria 2020 na economia circular (670 milhões) para o desenvolvimento de economias fortes e sustentáveis, e as Cidades Inteligentes e Sustentáveis (232 milhões) para a melhor integração dos aspectos relacionados com a protecção do ambiente, os transportes, a energia e as redes digitais nos ambientes urbanos da UE.
Além disso, serão disponibilizados pelo menos 8 milhões de euros para financiamento à investigação no domínio da segurança das fronteiras externas, para ajudar a identificar e prevenir o tráfico de seres humanos e a introdução clandestina de migrantes; 27 milhões de euros para as novas tecnologias endereçadas à prevenção do crime e do terrorismo, bem como 15 milhões de euros para a investigação sobre a origem e o impacto dos fluxos migratórios na Europa.
