Um fim (in)evitável


A busca do poder pelo poder. Costa está em negação. E prolongar esta negação vai custar caro ao PS que, ao contrário do que ele acha, perdeu as eleições ao centro e não à esquerda. 


© Mario Cruz/Lusa

Por muitas contas que se façam sobre os resultados de 4 de Outubro há dois que são absolutamente inegáveis. A Coligação PaF ganhou as eleições recolhendo a preferência maioritária, ainda que relativa, dos eleitores e o PS perdeu embora tenha sido convocado a ir a jogo.

Tudo o resto é inventar e mascarar a realidade e a expressão do voto dos portugueses. Não há nenhum voto numa coligação de esquerda nem sequer há mandato para que estes partidos partilhem os destinos da governação. 

Há protesto. E esse protesto reforçou o BE. Mas isso não faz dele uma solução governativa a ter em conta. Igual com o PCP. Seria normal que António Costa percebesse isso e agisse em conformidade. Este agir teria que se traduzir em dois aspectos essenciais mas com um objectivo comum.

Afirmar o PS como referencial da estabilidade, forçar um governo liderado pela Paf a ceder a algumas das orientações programáticas estruturantes do PS com o objectivo de retirar definitivamente Portugal do olhares e da prudência externa que, ainda que informalmente, paira sobre nós.

Mas sobretudo com o objectivo de fazer acreditar que o PS é um partido credível e verdadeiramente alternativo. De confiança, como os cartazes diziam ser mas que o eleitorado ainda tem duvidas. 

O périplo de Costa à esquerda e a sua ânsia em procurar uma solução de governo alternativo revela aquilo que de pior existe em política e que os cidadãos, na sua maioria estou convicto, rejeitam.

A busca do poder pelo poder. Costa está em negação. E prolongar esta negação vai custar caro ao PS que, ao contrário do que ele acha, perdeu as eleições ao centro e não à esquerda. Mas vai começar por custar-lhe no seu seio. Entre os seus. E quando assim é o fim é inevitável. 

Deputado
Escreve à segunda-feira

Um fim (in)evitável


A busca do poder pelo poder. Costa está em negação. E prolongar esta negação vai custar caro ao PS que, ao contrário do que ele acha, perdeu as eleições ao centro e não à esquerda. 


© Mario Cruz/Lusa

Por muitas contas que se façam sobre os resultados de 4 de Outubro há dois que são absolutamente inegáveis. A Coligação PaF ganhou as eleições recolhendo a preferência maioritária, ainda que relativa, dos eleitores e o PS perdeu embora tenha sido convocado a ir a jogo.

Tudo o resto é inventar e mascarar a realidade e a expressão do voto dos portugueses. Não há nenhum voto numa coligação de esquerda nem sequer há mandato para que estes partidos partilhem os destinos da governação. 

Há protesto. E esse protesto reforçou o BE. Mas isso não faz dele uma solução governativa a ter em conta. Igual com o PCP. Seria normal que António Costa percebesse isso e agisse em conformidade. Este agir teria que se traduzir em dois aspectos essenciais mas com um objectivo comum.

Afirmar o PS como referencial da estabilidade, forçar um governo liderado pela Paf a ceder a algumas das orientações programáticas estruturantes do PS com o objectivo de retirar definitivamente Portugal do olhares e da prudência externa que, ainda que informalmente, paira sobre nós.

Mas sobretudo com o objectivo de fazer acreditar que o PS é um partido credível e verdadeiramente alternativo. De confiança, como os cartazes diziam ser mas que o eleitorado ainda tem duvidas. 

O périplo de Costa à esquerda e a sua ânsia em procurar uma solução de governo alternativo revela aquilo que de pior existe em política e que os cidadãos, na sua maioria estou convicto, rejeitam.

A busca do poder pelo poder. Costa está em negação. E prolongar esta negação vai custar caro ao PS que, ao contrário do que ele acha, perdeu as eleições ao centro e não à esquerda. Mas vai começar por custar-lhe no seu seio. Entre os seus. E quando assim é o fim é inevitável. 

Deputado
Escreve à segunda-feira