Os familiares do pescador que ainda está desaparecido na sequência do naufrágio do arrastão Olívia Ribau estão na expectativa de encontrar o corpo, embora assumam que, com as condições adversas, "é muito difícil" chegar ao interior do navio.
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"É muito difícil lá conseguir chegar com estas correntes. Mas estamos todos na expectativa de o tentar encontrar, se for possível", disse aos jornalistas José Paiva, genro do pescador desaparecido.
"Neste momento só queremos é sossego e dar terra ao meu sogro", afirmou.
Embora tenha manifestado não ter motivos de queixa da Autoridade Marítima sobre as informações relativas às operações de resgate que decorrem há quatro dias – uma crítica recorrente ouvida aos familiares dos pescadores naufragados -, José Paiva não tem a mesma opinião sobre o socorro imediatamente após o acidente, nomeadamente a um tio, irmão do pescador ainda desaparecido, que esteve agarrado ao casco da embarcação e acabou por falecer.
"Já lá vão quatro dias, o que se tinha a falar já se falou, mais para a frente há-de falar-se mais disto. O meu tio, que foi enterrado antes de ontem [quinta-feira], foram 50 minutos que lá esteve agarrado, se houve meios ou não, só o comandante [do Porto] é que o pode dizer. Mas julgo que sim, que podiam ter feito mais qualquer coisa", frisou.
No arrastão Olívia Ribau, naufragado na terça-feira passada, cerca das 19:15, à entrada do porto da Figueira da Foz, seguiam sete pescadores. Dois foram resgatados vivos na terça-feira e, nesse dia, foi recuperado um corpo.
Na quinta-feira, no interior do arrastão, foram encontrados mais dois corpos, e outro na sexta-feira, também dentro da embarcação que está afundada no rio Mondego, junto à foz, faltando encontrar o pescador que permanece desaparecido.
Buscas retomam às 20h00.