Trata-se de um projecto pioneiro – fornecer internet a partir do espaço. Num post na sua página da rede social, da qual é co-fundador, Mark Zuckerberg anuncia que vai ser enviado um satélite para órbita, no próximo ano, através do qual vai ser possível fazer chegar internet a zonas recônditas do globo, nomeadamente no continente africano.
A iniciativa é uma parceria da organização do Facebook (Internet.org) com a Eutelstat (European Telecommunications Satellite Organization) e vai permitir conectar em rede milhões de pessoas, sublinha o CEO, acrescentando que ao longo do último ano a rede social explorou as várias possibilidades de usar aviões e satélites para fornecer internet a comunidades através do céu. Ligar as pessoas que vivem em regiões remotas é complicado, uma vez que as infra-estruturas tradicionais muitas vezes se revelam ineficientes. Por isso, "precisamos de inventar novas tecnologias", escreve Zuckerberg.
O novo satélite, chamado AMOS-6 e que ainda está a ser desenvolvido, vai entrar em órbita em 2016 para cobrir uma grande área da África subsariana. Zuckerberg adianta que vão trabalhar com parceiros locais através dessas regiões para ajudar as comunidades a começar a usar a internet através dos serviços prestados pelo satélite.
O CEO da rede social assegura ainda que esta é "apenas uma das inovações" em que a organização está a trabalhar para alcançar a missão de colocar o planeta em rede. "A interactividade muda vidas e comunidades. Continuamos a trabalhar para ligar o mundo inteiro, mesmo que isso signifique olhar para fora do nosso planeta", finaliza Zukerberg.
Segundo contas da Internet.org, aplicação móvel do Facebook que junta líderes da tecnologia e comunidades locais não lucrativas, dois terços do mundo ainda não têm acesso online. O que significa que apenas uma em cada três pessoas consegue aceder à internet.
Fazer com que o uso de internet se torne mais barato e acessível a toda a gente é outra das missões desta organização que já fornece de forma gratuita o acesso a uma variedade de serviços básicos, como notícias, saúde materna, viagens, empregos locais, desporto, comunicações e informações do governo local. Até à data, oferecem estes serviços a mil milhões de pessoas na Ásia, África e América Latina.
