O trabalho destes três investigadores é uma inspiração?
O prémio Nobel ser atribuído a doenças parasitárias que já não afectam directamente há muitas décadas o Ocidente é algo maravilhoso. Mostra como o “nosso Mundo” também compreende que vivemos num planeta global e não devemos viver apenas preocupados com aquilo que nos afecta no imediato.
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Aquilo que descobriram continua a ser relevante nos dias de hoje?
Totalmente. A artemisina é o fármaco de eleição hoje para tratar malária e estar a salvar milhões de vidas todos os anos. Qualquer um destes fármacos mudou o destino de milhões de pessoas no mundo.
O que considera mais desafiante nesta área das doenças parasitárias?
Um parasita é um organismo mais complexo que um vírus ou uma bactéria e por isso muito difícil de combater já que tem estratégias de escapar muito sofisticadas. Entendê-los para os combater é um desafio sem par. Encontrar uma vacina ou diferentes fármacos que conseguissem ser uma ferramenta capaz de eliminar o parasita da malária de forma eficiente seria algo com um impacto tremendo.
Esta ideia de que as descobertas podem surgir em qualquer lado e qualquer momento é uma mensagem importante para a política de ciência?
Sem dúvida!