Emigração. Fuga de cérebros. Mais de metade já não quer voltar

Emigração. Fuga de cérebros. Mais de metade já não quer voltar


A maioria (92%) está agora empregada e com um vínculo mais estável.


Estudo 
Mais de metade dos portugueses qualificados que emigraram para países europeus não pensam regressar. A conclusão surge no estudo “Brain Drain and Academic Mobility from Portugal to Europe”, que envolveu centros de investigação das universidades de Coimbra, Porto e Lisboa. 

Decisão 
Dos 1011 inquiridos, 52% consideram ser pouco ou nada provável voltar definitivamente a Portugal. Até porque quando deixaram o país já partiram com planos que visavam “uma emigração para toda a vida ou de muito longo prazo”, explicou o coordenador do projecto, Rui Machado Gomes. 

Desemprego 
A investigação incidiu numa amostra de pouco mais de mil portugueses com formação superior que estivessem a trabalhar ou a residir noutro país europeu ou que o tivessem feito nos seis anos anteriores – 36% dos inquiridos estavam desempregados e 10% em situação de subemprego em Portugal.

Progressão 
A maioria (92%) está agora empregada e com um vínculo mais estável. Se antes havia 20,7% com contratos por tempo indeterminado, agora são 48,9% os que dizem ter alcançado o mesmo no país de acolhimento. Os salários também tiveram um upgrade, com 62% a ganhar entre 1000 e 3000 euros, quando em Portugal a maioria estava sem rendimento (30%) ou a ganhar até 1000 euros (42,5%).