“Tomámos a decisão de entrar em greve porque chegámos a um impasse”, disse a agência France Presse Livhuwani Mammburu, o porta-voz do maior sindicato sul-africano dos mineiros (NUM).
“Nós continuaremos (a greve) indefinidamente até que as duas partes chegam a um acordo e resolvam os seus pontos de vista”, adiantou.
A greve, que começou às 16:00, envolve as sociedades anglo-suíça Glencore, a britânica Anglo American e a sul-africana Exxaro.
A Glencore, um gigante do negócio das matérias primas e com sede na Suíça, suprimiu centenas de postos de trabalho desde o início do ano, com vista a reduzir os custos.
Além disso, em Agosto a empresa anunciou ter colocado a sua mina de carvão Optimum sob protecção de uma lei sobre as falências.
A Optimum alegou que teve de entregar o carvão à companhia nacional de electricidade Eskom abaixo do preço do mercado, em virtude de um acordo assinado em 1993 com a Eskom.
O NUM reivindica o aumento dos salários de 13 a 14%, mas ao fim de três meses de negociações, o sindicato não alcançou mais do que metade do que reclama.
“Fazer uma greve é o único meio dos trabalhadores para expressar o seu descontentamento face às propostas”, explicou Livhuwani Mammburu.
Lusa