Afluência de eleitores ligeiramente superior às legislativas de 2011

Afluência de eleitores ligeiramente superior às legislativas de 2011


Quase dois milhões de eleitores tinham votado ao meio-dia.


 Os principais protagonistas da política portuguesa votaram até ao início da tarde de hoje, num ato eleitoral que regista uma afluência ligeiramente superior face às anteriores legislativas, à mesma hora.

O ex-primeiro-ministro José Sócrates, que se encontra em prisão domiciliária, votou pelas 13:25, praticamente a mesma hora em que exerceu o direito de voto o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, em locais diferentes da cidade.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, votou logo pela manhã, em Massamá, no concelho de Sintra, declarando-se “muito tranquilo” e fazendo votos de ver a abstenção contrariada, apesar do mau tempo.

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, votou antes das 09:00 e, numa declaração à saída, defendeu que os portugueses podem, nestas eleições legislativas, “fazer as suas escolhas com a liberdade recuperada e em consciência”.

O líder do PS, António Costa, votou cerca das 11:00 na União das Freguesias de São João das Lampas e Terrugem, em Fontanelas, considerando que há muito a participação eleitoral não era tão importante para o futuro do país.

O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, votou também nos arredores de Lisboa, mostrando-se “tranquilo e confiante” e congratulou-se com a campanha eleitoral de proximidade desenvolvida pela CDU.

Catarina Martins, porta-voz do Bloco de Esquerda, foi votar também durante a parte da manhã, em Gaia, e apelou para que todos votem e ninguém fique em casa hoje.

Nos Açores, o presidente do governo regional, Vasco Cordeiro, votou em Ponta Delgada, onde desejou “uma grande participação” no escrutínio de hoje.

Miguel Albuquerque, à frente do governo regional da Madeira, fez depois de votar uma declaração por “uma maioria confortável”.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) teve conhecimento de três mesas de voto que não abriram às 08:00, uma devido a protestos e duas por falhas materiais.

Até ao meio-dia, a CNE recebeu 224 protestos ou pedidos de informação por telefone.

Uma falha na impressão dos cadernos eleitorais da freguesia de Caniço, na Madeira, afectou a votação sobretudo de jovens que fizeram 18 anos este ano, em diversas mesas.

A população de Raimonda, em Paços de Ferreira, só pôde começar a votar cerca das 10:00, altura em que se conseguiram ter os cadernos eleitorais prontos.

Na Escola da Erada, concelho da Covilhã, a mesa de voto abriu às 09:15, depois de a GNR ter retirado o cadeado que impedia o acesso ao local, na sequência de um protesto da população relacionado com o encerramento daquele estabelecimento de ensino.

As mesas de voto para as eleições legislativas abriram às 08:00 em Portugal continental e na Madeira e fecham às 19:00. Nos Açores abrem e fecham uma hora depois em relação à hora de Lisboa.

Os 230 deputados que vão ser eleitos hoje tomam posse no final de Outubro.

Lusa