Conduzir o novo BMW Série 7 é entrar num outro patamar do mundo do automóvel. Já não é só o luxo, a qualidade dos materiais, a inovação técnica, o conforto, o desempenho, a performance. É tudo isso junto e ainda um mais que não é fácil de explicar.
A apresentação mundial desta nova geração do topo de gama da BMW decorreu recentemente em Portugal, mais propriamente entre o Porto e o Douro vinhateiro, estradas que os jornalistas de todo o mundo percorreram com esta fantástica berlina.
No meu caso e de mais alguns jornalistas portuguesas, a apresentação foi entre o Porto e Cascais, com o primeiro percurso a decorrer entre o Porto e Arouca, com passagem por Entre-os-Rios. Na sua maior parte uma estrada de montanha, estreita encaracolada e pouco propícia (à partida) para uma berlina de mais de 5 metros de comprimento (no caso 5238 mm porque conduzíamos a versão de chassis longo). E aí, se dúvidas houvesse, depressa se desfizeram. O novo Série 7 agarra-se à estrada e permite uma tranquilidade de rolamento como se de um roadster se tratasse.
Numa carroçaria de berlina executiva junta o conforto inexcedível de uma suspensão que lê a estrada – antecipando valas e outros solavancos – com o espírito agressivo de um superdesportivo, bastando para isso carregar num botão. Nesse aspecto não tem muitos rivais à altura, se exceptuarmos o Mercedes Classe S e o Audi A7.
Quem compra e conduz este carro? Depende se é o chassis normal ou o chassis longo. No primeiro caso trata-se na maior parte dos casos de profissionais liberais, que o usam como carro de representação, como carro de família e como brinquedo para fazer o gosto ao dedo quando lhes apetece um pouco de adrenalina.
No caso do chassis longo, quem o compra raramente o conduz, vai no banco de trás e tem motorista. Por essa razão a linha de design Executive Lounge (equipamento opcional), é um oásis de bem-estar em viagens longas. Dispõe de um sistema de ar condicionado automático de 4 zonas, bancos traseiros com ajuste eléctrico e função de massagem (incluindo programas de Vitalidade e oito configurações de massagem) e ainda ventilação activa em todos os bancos, com o passageiro do lugar privilegiado (o traseiro direito) a poder comandar muitas funções, entre as quais a regulação do banco à sua frente, intensidades luminosas de ambiente e outras.
De entre as novidades tecnológicas, algumas funções são inovadoras no segmento, como as luzes laser, controlo remoto por gestos (fazer um gesto de rotação para a direita com a mão para subir o volume do rádio ou no sentido contrário para o baixar, acenar com a não para um lado ou para outro para mudar a estação, por exemplo, ou a possibilidade de o carro se estacionar a ele próprio com o condutor fora do veículo, no que acaba por se transformar, primeiro num divertimento e depois na compreensão do que é um primeiro passo para uma autonomia quase total nos carros do futuro.
O sistema de som é equipado com 16 altifalantes do sistema de som surround opcional de 1400 W da Bowers & Wilkins Diamond.
Apesar de ser um carro cujo peso em vazio ronda as duas toneladas (quase 1800 kg para o 730Ld) os consumos indicados pelo fabricante são surpreendentes: 8 litros aos 100 km para o motor a gasolina de 450 cv e 5 litros para o motor diesel de 265 cv. Não será tão baixo em termos de utilização diária, mas conseguimos uma média que rondou os 7 litros com o 730Ld e uma média de 10 litros com o 750Li xDrive. Para estas cifras também contribui o aligeiramento da carroçaria com a utilização de materiais ultra ligeiros e ultra resistentes, como o carbono e a mistura inteligente de alumínio e componentes em aço de alta resistência, assim como a utilização de magnésio.
Estará disponível no mercado português em Outubro, para já apenas com as motorizações a gasolina 40i e 50i e diesel 30d. Outras motorizações diesel se lhes juntarão mais tarde.