Passos e Portas ainda não falaram sobre a possibilidade de juntar PSD e CDS para formar um só grupo parlamentar, mas surgiram hoje aos jornalistas com o discurso mais ou menos acertado. Tanto o líder dos sociais-democratas como o líder dos centristas admitem que esta é uma "possibilidade" que ainda não foi discutida e preferem lembrar que o único acordo que existe para já é para formar governo.
"Se por qualquer formalismo, no parlamento, tivéssemos de fazer alguma coisa, nomeadamente constuituir um grupo parlamentar conjunto, coisa de que nunca falamos, para afastar qualquer dúvida formal quanto à nossa capacidade de apoiar um governo, seguramente que o faríamos", afirmou Passos.
Em declarações ao Expresso, o primeiro-ministro colocou em cima da mesa a possibilidade de os dois partidos se unirem para formar uma bancada parlamentar única de forma a ultrapassar "querelas" constitucionais. "Se constitucionalmente se instalasse uma querela, formaríamos até um grupi parlamentar em conjunto", disse o líder do PSD ao Expresso.
Portas também preferiu desvalorizar e chutar para canto."Isso é mesmo muito teórico", disse. À saída da instituição Cercica, no Estoril, a maratona Portugal à Frente fez a última visita da campanha, antes da arruada e do comício de hoje ao final da tarde em Lisboa, Portas lembrou que o acordo existente é para o governo e não para uma fusão parlamentar entre PSD e CDS. "A coligação é feita por dois partidos, a regra é dois grupos parlamentares".