Os impostos, sempre os impostos


É frequente perguntar-se se o país aguenta mais impostos. A resposta é sim, enquanto o país aguentar tanta despesa. 


© Shutterstock

A Comissão Europeia revelou um relatório sobre reformas fiscais nos Estados-Membros, no qual defendeu uma subida dos impostos em Portugal. O estudo pode parecer estranho após o aumento brutal dos impostos em 2013, mas deve ser encarado com realismo.

Na verdade, o país continua com um Estado que gasta mais do que recebe, com os efeitos na economia que todos conhecemos. É verdade que a situação é bem melhor que há quatro anos atrás; é certo que o défice presente corresponde, em muito, aos erros do passado, mas o problema subsiste. E só se resolve de duas formas: ou reduzindo a despesa pública ou aumentado os impostos.

Analisando os factos com clareza compreendemos que mais ajudas por parte do Estado, mais investimento público, significa mais impostos. Por outro lado, menos despesa, igual a menos impostos. Já cortes moderados, despesa controlada, conduz a um aumento contido, mas gradual, da carga fiscal. Não há outra volta a dar à equação.

É nesta encruzilhada que o país, e já agora a Europa e os EUA, se encontram. E durante os próximos anos, por muito que se adie a opção a tomar, a escolha estará sempre presente, porque o problema não vai desaparecer. E enquanto não desaparecer, os impostos vão aumentar.

Muito ou pouco dependerá do partido que esteja no governo e da maioria que exista no Parlamento. É frequente perguntar-se se o país aguenta mais impostos. A resposta é sim, enquanto o país aguentar tanta despesa.  

Advogado
Escreve à quinta-feira

Os impostos, sempre os impostos


É frequente perguntar-se se o país aguenta mais impostos. A resposta é sim, enquanto o país aguentar tanta despesa. 


© Shutterstock

A Comissão Europeia revelou um relatório sobre reformas fiscais nos Estados-Membros, no qual defendeu uma subida dos impostos em Portugal. O estudo pode parecer estranho após o aumento brutal dos impostos em 2013, mas deve ser encarado com realismo.

Na verdade, o país continua com um Estado que gasta mais do que recebe, com os efeitos na economia que todos conhecemos. É verdade que a situação é bem melhor que há quatro anos atrás; é certo que o défice presente corresponde, em muito, aos erros do passado, mas o problema subsiste. E só se resolve de duas formas: ou reduzindo a despesa pública ou aumentado os impostos.

Analisando os factos com clareza compreendemos que mais ajudas por parte do Estado, mais investimento público, significa mais impostos. Por outro lado, menos despesa, igual a menos impostos. Já cortes moderados, despesa controlada, conduz a um aumento contido, mas gradual, da carga fiscal. Não há outra volta a dar à equação.

É nesta encruzilhada que o país, e já agora a Europa e os EUA, se encontram. E durante os próximos anos, por muito que se adie a opção a tomar, a escolha estará sempre presente, porque o problema não vai desaparecer. E enquanto não desaparecer, os impostos vão aumentar.

Muito ou pouco dependerá do partido que esteja no governo e da maioria que exista no Parlamento. É frequente perguntar-se se o país aguenta mais impostos. A resposta é sim, enquanto o país aguentar tanta despesa.  

Advogado
Escreve à quinta-feira