As sondagens continuam a apontar para um grande número de indecisos…
Não me parece surpreendente. As pessoas têm consciência do acto eleitoral e estão a tentar apreender tudo e até ao fim poderá haver quem opte por um lado ou outro e poderá até haver quem decida não se abster e votar. Acredito que haverá maior participação nestas eleições.
A maioria das sondagens têm dado uma ligeira vantagem à coligação. Mas têm falhado, no Reino Unido, na Grécia… Confia nas sondagens?
nquanto não há melhor, vamos tentando percebê-las no detalhe. Mas as sondagens têm dinâmicas próprias, que às vezes deixam de lado o que se vai passando no terreno.
Isso quer dizer que nem sempre reflectem a realidade?
Não, evidente que não, são uma indicação, há muitas outras. Ninguém jamais pensará o contrário, prognósticos só no fim do jogo, como se diz em linguagem futebolística. Agora as pessoas ainda estão a pensar onde se situam.
Voltando à campanha, como olha para as propostas dos programas governativos apresentadas pelos partidos políticos?
As propostas da coligação são perfeitamente claras. Governaram em nome de uma abertura ao mercado global e em nome da competitividade, ao mesmo tempo que foi necessário cumprir o programa de ajustamento – e isso toda a gente percebe. O que não se percebe, e essa é a dúvida sobre se existe alternativa, é o que fazer no actual quadro europeu sem aumentar despesa e quando não há competitividade.