Os melhores restaurantes da América Latina

Os melhores restaurantes da América Latina


Depois da lista dos 50 melhores restaurantes do mundo – o catalão El Celler de Can Roca está em primeiro –, a S. Pellegrino lançou outra lista. 


A lista dos melhores restaurantes da América Latina. Se está a pensar viajar e comer bem talvez seja melhor considerar o Peru e a Cidade do México.

1. Central, Peru 
Já estava em quarto na lista da S. Pellegrino, lançada em Julho, dos melhores restaurantes do mundo depois dos afamados El Celler de Can Roca, na Catalunha, do italiano Osteria Francescana e do Noma, em Copenhaga. O Central, em Lima, no Peru, é pela segunda vez consecutiva o melhor restaurante da América Latina. A cozinha é da responsabilidade do chef Virgilio Martinez e da sua mulher, Pía León, e os pratos, “peruanos avant-garde”, têm ingredientes invulgares como o airampo, vindo directamente dos Andes.
www.centralrestaurante.com.pe  

2. Boragó, Chile 
Em Santiago do Chile, o Boragó, do chef Rodolfo Guzmán, não teve um começo fácil. Quando abriu portas, em 2006, o restaurante não foi bem aceite por parte dos chilenos mais conservadores, maioritariamente por usar ingredientes inovadores como algas raras e ervas recônditas das montanhas. O chef, este ano vencedor do prémio Chefs’ Choice Award, escolhido por outros chefs de cozinha, estudou engenharia e foi esquiador aquático profissional. Só depois de um grave acidente se decidiu dedicar à cozinha.
www.borago.cl 

3. Astrid y Gastón, Peru 
Mais um restaurante peruano no topo da lista, a provar que Lima se tornou a capital gastronómica da América Latina. O Astrid y Gastón é um clássico peruano com mais de 20 anos, fundado por Gastón Acurio e pela sua mulher alemã, Astrid Gutsche, especialista em pastelaria. Agora a cozinha está a cargo do chef Diego Muñoz, que chegou a trabalhar no El Bulli de Ferran Adrià. Desde o ano passado que o restaurante se instalou na Casa Moreyra, uma espécie de palácio com um jardim de onde vêm muitos dos ingredientes.
www.astridygaston.com 

4. D.O.M., Brasil 
Se São Paulo se tornou conhecida pela gastronomia japonesa, é um restaurante de cozinha contemporânea brasileira e amazónica a merecer destaque na lista dos melhores. No D.O.M., em Jardins, pode comer priprioca, uma erva da Amazónia com propriedades medicinais. Alex Atala, o chef, um dos mais conhecidos da América Latina, é também botânico e historiador e costuma ir frequentemente em expedição à Amazónia à procura de novos ingredientes. Uma espécie de Jamie Oliver brasileiro, é líder do movimento Eu Como Cultura, que quer o reconhecimento da gastronomia do Brasil como manifestação cultural.  
www.domrestaurante.com.br 

5. Maido, Peru 
Mitsuharu Tsumura, mais conhecido por Micha, é o chef do Maido e ganhou fama por ser um dos júris do programa MasterChef. O restaurante, que abriu em 2009 em Miraflores, um bairro de Lima, funde cozinha japonesa com pratos tradicionais peruanos e tem, por exemplo, um ceviche feito com gelado de limão. Há pratos que demoram 50 horas a ser cozinhados e outros mais rápidos, como uma sanduíche de peixe panado, a interpretação japonesa do “pan con pescado”. O restaurante também entrou este ano – e pela primeira vez – na lista dos 50 melhores do mundo, a ocupar o 44.o lugar.
www.maido.pe 

6. Quintonil, México  
Em 35.o na lista dos melhores restaurantes do mundo (curiosamente à frente do anterior desta lista), o Quintonil, de Jorge Vallejo, serve pratos mexicanos com um toque contemporâneo. O chef, que chegou a passar pelo dinamarquês Noma, é tão obcecado por comida que quando era pequeno costumava pedir ao pai que lhe desse frango assado em vez de brinquedos no seu aniversário – para o comer sozinho. Além de reinterpretar receitas tradicionais mexicanas, Vallejo, que gere o restaurante na capital do México com a ajuda da mulher, Alejandra Flores, também valoriza ingredientes locais como as plantas comestíveis que dão nome ao espaço. 
www.quintonil.com 

7. Tegui, Argentina 
Em Palermo, um dos bairros de Buenos Aires que está mais na moda, o Tegui é conhecido por ser o restaurante de German Martitegui, uma espécie de mau da fita da versão argentina do MasterChef. A fachada do restaurante está toda decorada com stencils e graffiti e é paragem obrigatória nos passeios turísticos de arte urbana que acontecem pela cidade. A cozinha contemporânea também já se tornou obrigatória, com um menu de degustação que inclui uma dezena de pequenos pratos, como, por exemplo, o atum com chimichurri.
www.tegui.com.ar 

8. Maní, Brasil 
Os chefs do Maní, em São Paulo, conheceram-se quando trabalhavam no El Celler de Can Roca, em Girona, na Catalunha, considerado o melhor restaurante do mundo.  Helena Rizzo e Daniel Redondo decidiram, então, abrir o seu próprio espaço no Jardim Paulistano, em 2006. O nome do restaurante de cozinha brasileira moderna inspira-se na deusa indígena Maní, que morreu misteriosamente para reencarnar em forma de plantas. Podemos esperar misturas exóticas que resultam, por exemplo, num gaspacho de jabuticaba. 
www.manimanioca.com.br 

9. Pujol, México 
Na Cidade do México, o Pujol começou a ganhar fama assim que abriu, em 2000, com os pratos da cozinha experimental do chef Enrique Olvera, na altura com apenas 24 anos. Agora, também ao cuidado do chef Francisco Ibañez, tornou-se um dos mais reputados espaços da capital mexicana, com iguarias que incluem – como não podia deixar de ser na gastronomia do país – insectos de vários feitios. Por exemplo, o prato de milho com maionese de formiga chicatana, um clássico em versão gourmet.
www.pujol.com.mx 

10. Biko, México 
Biko, o nome deste restaurante também na Cidade do México, vem da palavra bikote que em basco significa casal. Quer isto dizer que o restaurante procura um casamento entre a cozinha basca e a cozinha tradicional mexicana, pouco comum no país. Os chefs Mikel Alonso (de Biarritz) e Bruno Oteiza (de San Sebastián) tentam recriar pratos da sua terra com ingredientes mexicanos, e o espanhol Gerard Bellver, que passou pela cozinha do El Bulli, dá uma ajuda na execução. Na ementa, o melhor de dois mundos resulta num menu de degustação onde não falta, por exemplo, o algodão doce com foie gras. Na ementa sobressai também um ravioli de lulas. 
www.biko.com.mx 

11. Parador La Huella, Uruguai 
A praia de José Ignacio, perto de Punta del Este, no Uruguai, tem sido escolhida como refúgio de famosos como Shakira ou Ronnie Wood. A pequena vila piscatória tem vindo a ganhar fama, em parte graças a restaurantes de praia como o La Huella, agora na lista dos melhores da América Latina, com o ambiente hippie-chique que poderíamos encontrar em Ibiza. O chef responsável, Alejandro Morales, geria um negócio familiar de parrillas (o famoso barbecue do Uruguai) perto do porto de Montevidéu. No La Huella, no início da Praia Brava, e com vista privilegiada para um antigo farol, prepara pratos à base de marisco e peixe fresco grelhado. 
www.paradorlahuella.com 

12. La Mar, Peru 
É o quarto peruano da lista e um dos restaurantes mais populares de Lima – por isso prepare-se para as filas, até porque aqui não se aceitam reservas. Estamos a falar de uma típica cevicheria liderada pelo chef Andrés Rodríguez, que anteriormente trabalhou na cozinha do premiado Astrid & Gastón (em terceiro nesta lista). O ceviche tradicional é o prato mais procurado e diz-se que é aqui que se come o melhor da cidade, feito com linguado, corvina ou mesmo marisco (este último conhecido como Concha Negra). O restaurante é também um bom sítio para provar um pisco-sour, a bebida típica do país, ou comer causa peruana. 
www.lamarcebicheria.com/lima