Costa junta mundo da cultura que lhe pede um Ministério

Costa junta mundo da cultura que lhe pede um Ministério


Num almoço em Lisboa, o candidato do PS apelou para que “esclareçam que para o governo mudar é preciso que a coligação perca e o PS ganhe”.


O candidato socialista juntou hoje cerca de 150 personalidades do mundo da cultura num almoço em Lisboa. Dos intervenientes, António Costa ouviu o pedido de um “Ministério da Cultura forte, com ministro e com orçamento”. Já o socialista pediu a mobilização “junto de todos”: “Sejam amigos, que ganhe com condições de poder governar”.

As intervenções ao almoço foram abertas pelo gestor cultural António Pinto Ribeiro, seguido pela artista plástica Joana Vasconcelos que foi a primeira queixar-se: “Sem Ministério da Cultura, sem investimento não vamos resistir”. Foi a artista que pediu um “Ministério da Cultura forte, com ministro, com orçamento”, sendo apoiada, logo de seguida, por Pilar del Rio. Ao apelo, a viúva do Nobel da literatura José Saramago juntou ainda a “necessidade de ter “um governo de Portugal”, fazendo um apelo ao voto útil ao admitir que “todos” os que estavam na sala “votam à esquerda”: “Há várias alternativas à esquerda, mas conta o factor humano que se chama António Costa”.

O arquitecto Carrilho da Graça falou antes de Costa para passar ao ataque à coligação : “Estamos todos escandalizados com o processo de privatizações”. Na sala, a ouvir, estavam actores como Diogo Infante, Paulo Pires, Maria do Céu Guerra, , José Wallenstein, a deputada do PS Inês de Medeiros, os realizadores como António Pedro Vasconcelos e Joaquim Leitão, esteve também o artista plástico Júlio Pomar, do mundo da televisão esteve Eládio Clímaco e Maria Elisa. Da música, entre outros, marcaram presença Carlos do Carmo, que apareceu para o café, e Camané. Esteve também a ex-ministra da Cultura do PS, Gabriela Canavilhas, e o ex-ministro da Educação Marçal Grilo.

Um conjunto de elite a que o candidato do PS, a dias das eleições, pediu  que “junto de todos que encontrem esclareçam e deixem muito claro que para o governo sair são necessárias duas coisas: que a coligação perca e que o PS ganhe”. Mas o socialista pediu mais um bocadinho: “Sejam amigos, que ganhe com condições para poder governar”.

Perante o pedido de um Ministério, que Costa já disse que vai criar, o candidato diz que “o mais importante é termos um governo de cultura” e que “a primeira questão essencial para cada país é afirmar a sua cultura”. “O que está em causa é podermos dar de novo aos portugueses a convicção que não somos os pobrezinhos”.