Consórcio ENI/Galp avança com perfuração na costa alentejana em 2016

Consórcio ENI/Galp avança com perfuração na costa alentejana em 2016


Será o primeiro fundo em águas profundas e vai ser feito a cerca de 80 quilómetros de Sines.


O consórcio liderado pela petrolífera italiana ENI vai avançar em 2016 com a prospecção de petróleo na costa alentejana, com um furo em alto-mar, a cerca de 80 quilómetros de Sines, o primeiro em águas profundas.

"No próximo ano vamos perfurar um poço na concessão chamada Santola, a 80 quilómetros do porto de Sines, que é uma estrutura muito importante que poderia fornecer um bom suporte tanto à área de prospecção, como, esperamos, no possível desenvolvimento futuro", afirmou Franco Conticini, responsável da ENI, na conferência "Exploração de Petróleo em Portugal", na Fundação Calouste Gulbenkian.

A petrolífera italiana lidera desde Dezembro um consórcio com a Galp (70%/30%), que detém três concessões na costa alentejana, denominadas Lavagante, Santola e Gamba, que abrangem uma área total de aproximadamente 9.100 quilómetros quadrados.

O furo na costa alentejana será o 28.º em alto mar na costa portuguesa e o primeiro em águas profundas.

Segundo o responsável da ENI, a operação de perfuração vai decorrer por um período de cerca de 45 dias, durante o qual um navio vai recolher análises para perceber se há viabilidade para continuar a investigar.

"Em caso de descoberta vamos precisar de mais poços para estimar o tamanho e a extensão da jazida", explicou Franco Conticini, na conferência promovida pela Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC).

Questionado pelos jornalistas, o porta-voz da ENI escusou-se a responder a questões relacionadas com os planos da petrolífera na pesquisa e prospecção de petróleo, remetendo para os elementos divulgados durante a apresentação.

Em Março, o então presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, estimou em mais de 100 milhões de dólares o investimento na prospecção de petróleo na costa alentejana.

Lusa