A Lua esteve, na madrugada de segunda-feira, aparentemente maior e tapada pela sombra da Terra: foi a segunda Super Lua, e a mais expressiva, do ano e o segundo e último eclipse total da Lua do ano.
O eclipse total da Lua esteve visível na Europa Ocidental, incluindo Portugal, bem como na África Ocidental, América do Sul e Central e leste da América do Norte.
O eclipse da Lua ocorre sempre que o Sol, a Terra e a Lua se encontram próximos ou em perfeito alinhamento, com a Terra a estar entre o Sol e a Lua.
O de hoje foi total porque toda a face visível da Lua é obscurecida pela sombra da Terra (umbra).
O eclipse lunar só sucede quando coincidem a fase de Lua cheia e a passagem do satélite natural da Terra pelo seu nodo orbital. O primeiro eclipse total da Lua de 2015 foi em abril, mas não foi visível em Portugal.
Hoje, a Lua entrou na sombra às 02:07 (hora de Lisboa) e saiu dela às 05:25, com o eclipse a estar a meio às 03:47.
A Super Lua, tal como os eclipses, é um fenómeno que acontece praticamente todos os anos, mais do que uma vez, e quando há Lua cheia e a diferença entre os seus instantes e os do perigeu (ponto da órbita da Lua que fica mais perto da Terra) é inferior a um dia e oito horas.
No caso da Super Lua de segunda-feira, é a "mais favorável" para ser observada, de acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), contrariamente à de 29 de Agosto e à de 27 de Outubro, a terceira e última deste ano.
Na altura do eclipse, a Lua atingiu o perigeu, a 356.876 quilómetros da Terra, às 02:46 e entrará na fase de Lua cheia às 03:52, "o que produziu a maior das Super Luas do ano", uma vez que a distância que separa os instantes do perigeu e de Lua cheia é mais curta, de 66 minutos, assinala o OAL no seu portal.
Segundo o Observatório, a altura em que "o efeito da Super Lua é mais evidente é quando a Lua nasce", quando aparece no horizonte, às 19:50.
Nesse momento, "a Lua vai parecer maior do que o habitual, não apenas devido à ocorrência de Super Lua, mas também porque, estando próxima do horizonte, ocorre um efeito extra de ampliação, devido a interpretação cerebral" do observador, adianta o OAL.
A Lua cheia surge quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua.
Lusa