João Sousa. São Petersburgo foi mais um amargo de boca

João Sousa. São Petersburgo foi mais um amargo de boca


Tenista português realizou uma final de grande nível, mas não chegou para derrotar Milos Raonic, que venceu em três sets, pelos parciais de 6-3, 3-6 e 6-3.


João Sousa teve uma das melhores semanas da carreira em São Petersburgo, exibindo-se ao mais elevado nível no caminho até à final, onde encontrou Milos Raonic, o número nove da hierarquia mundial, e o segundo tenista com melhor ranking do torneio. A missão tinha tudo para ser impossível, mas João Sousa agigantou-se e fez de tudo para levar para casa o segundo título ATP da sua carreira, evitando uma quinta derrota consecutiva em finais.

Se até aqui o torneio tinha sido um passeio para o canadiano, que esmagou todos os adversários sem perder um único jogo de serviço, a final seria totalmente diferente. Milos Raonic até começou por vencer o primeiro set por 6-3, quebrando por uma vez o serviço de João Sousa, mas no segundo tudo foi diferente, com o português a fazer das tripas coração e a ir para cima do canadiano, quebrando o seu serviço e acabando por vencer, na mesma moeda, por 6-3. De uma assentada, João Sousa deu a provar a Raonic duas realidades desconhecidas neste torneio, ou seja, sofrer um break e perder um set.

O pior aconteceu no set decisivo, com Raonic a não perdoar e a voltar a vencer por 6-3. Ficou a ideia que se João Sousa tivesse jogado a este nível nas cinco finais perdidas, tê-las-ia vencido a todas. Raonic bem pode agradecer ao seu serviço, que o ajudou a salvar-se do grande jogo realizado por João Sousa.

Uma derrota nunca é positiva, mas ao final de três jogos João Sousa finalmente foi capaz de roubar um set a Raonic. Para trás ficam também cinco finais perdidas, em que o português não conseguiu conquistar qualquer set para si. Amanhã João Sousa estará de regresso ao top 50, subindo ao 47º lugar do ranking ATP.