Volkswagen admite que existem 5 milhões de carros afectados

Volkswagen admite que existem 5 milhões de carros afectados


O Golf de sexta geração, o Passat da sétima geração e a primeira geração do Tiguan são os modelos que apresentam o chip.


São cinco milhões os carros do grupo Volkswagen (VW) afectados em todo o mundo pela manipulação das emissões poluentes, em vez dos 11 milhões que tinham sido anunciados esta semana. Os números foram revelados ontem ao início da noite pela empresa, que diz ainda que alguns modelos estão equipados exclusivamente com o motor diesel EA 189. Entre estes estão o Golf de sexta geração, o Passat da sétima geração e a primeira geração do Tiguan.

“Estamos a trabalhar a toda a velocidade para encontrar uma solução técnica que iremos apresentar aos parceiros, aos nossos clientes e ao público o mais rapidamente possível. O nosso objectivo é fazer com os veículos cumpram integralmente os regulamentos”, revela o director da marca, Herbert Diess. 

No entanto, os veículos mais recentes da VW — e que cumprem a norma de emissões EU6, entrada em vigor na União Europeia em meados de 2014 — não estão incluídos nessa lista.

O ministro dos Transportes alemão revelou, esta sexta-feira, que existem cerca de 2,8 milhões de veículos do grupo Volkswagen na Alemanha equipados com estes dispositivos. De acordo com Alexander Dobrindt, estes chips afectam não só os veículos de passageiros, mas também os pequenos carros comerciais da marca. Feitas as contas, este balanço de veículos afectados  é seis vezes maior ao dos Estados Unidos. Já França terá recebido quase 1,07 milhões com este dispositivo.

Também hoje foi oficializado o nome de Matthias Müller, até agora líder da Porsche, como novo CEO do grupo Volkswagen que vai acumular funções até ser substituído. O nome de Müller já tinha sido apontado quando Martin Winterkorn ainda não tinha abandonado o cargo, mas só ontem é que foi aprovado pelo conselho de administração da fabricante alemã e tem efeitos imediatos. A fabricante automóvel escolhe o gestor de 62 anos  com quatro décadas na empresa para a liderança, numa altura em que o grupo VW enfrenta a pior crise dos seus 78 anos de história. O novo homem forte da empresa já afirmou que o grupo vai “ultrapassar o escândalo" e tornar-se mais forte.