Um bom anfitrião não faz uma maldade destas [vídeo]

Um bom anfitrião não faz uma maldade destas [vídeo]


A cara de Messi no final dizia tudo. Os campeões não esperavam facilidades, mas dificilmente contavam com uma derrota por 4-1. 


No futebol, uma pequena equipa mostrar atrevimento é basicamente ter alguns lances de perigo, parecendo não ter medo das onze estrelas que estão do outro lado do campo. O que o Celta Vigo fez na recepção ao Barcelona é algo para o qual ainda não existe palavra em futebolês.

O Barcelona aterrou nos Balaídos no primeiro lugar da Liga Espanhola, com quatro vitórias em outro tantos jogos. Seria de esperar uma vitória? Sim, mas nunca sem que Messi e companhia não suassem a bom suar as camisolas. É que o Celta estava a fazer um grande campeonato, com três vitórias e um empate, e seguia firme no grupo que perseguia os catalães.

Mal o jogo começou, uma sensação estranha tomou conta de quem estava a assistir. O Barcelona até pode não vencer sempre, mas a bola é sempre sua. Não estava a ser assim. O Celta tinha tudo: bola, um penálti por marcar e muitas ocasiões de perigo.

Lá para o minuto 26, Nolito resolveu abrir o livro e o marcador, com um grande remate, numa zona que pedia cruzamento. Ainda o Barcelona estava a recuperar do choque, já Iago Aspas estava a aproveitar um erro de Piqué para correr isolado desde o meio-campo, e aplicar um chapéu monumental a Ter Stegen. Estava feito o 2-0, e o Barcelona de sempre nem vê-lo.

A segunda parte não foi nada menos do que épica. O Barcelona apareceu só a pensar no ataque e durante uns minutos valeu a falta de pontaria dos campeões e Sergio Álvarez ao Celta Vigo. Iago Aspas isolou-se aos 51’, fruto dos avanços exagerados do Barcelona, e não fez o 3-0 porque a bola passou perto do poste.

Cinco minutos depois, nova bomba dos homens de Vigo com mais um contra-ataque letal de Iago Aspas, em que tirou Dani Alves da frente ainda muito longe da baliza, seguiu sozinho, e fez o 3-0.

O Barcelona não mudou o registo e continuou a carregar, sempre sem sucesso. Nolito ainda se isolou, aos 61’, mas não quis fazer o quarto da sua equipa. Até que finalmente a caixa-forte do Celta cedeu, com Neymar a fazer finalmente um golo para o Barcelona, a 10 minutos do fim, e a passe de Messi.

Recuperação à vista? Nem por isso, porque dois minutos depois Guidetti, acabado de saltar do banco, fez o 4-1 final. O Celta Vigo não vencia o Barcelona em jogos oficiais por três golos ou mais desde 1957 (4-0).