É oficial: o Hospital de S. João e o Hospital de Santo António são os melhores do país. Temos que lhes agradecer. Não havendo assim tantos rankings que o Norte se possa orgulhar de liderar, vale a pena comemorar a excelência nos cuidados médicos. Haja saúde.
Por norma, os hospitais não são sítios de que se goste, até porque só nos lembramos deles quanto há problemas, doenças e acidentes e acabam fatalmente por estar associados a momentos tristes das nossas vidas. A verdade é que os hospitais do Porto são queridos pelas pessoas, admirados enquanto instituições e capazes de operar milagres.
O S. João (avaliação da Escola de Saúde Pública) e o Santo António (na lista da Iasist) estão de novo em primeiro lugar. Um produto do Estado Novo e uma dádiva da Misericórdia à cidade (o projecto encomendado a um arquitecto inglês custou, no século XVIII, a extraordinária quantia de 500 libras), são, desde que existem, duas âncoras na assistência e grandes escolas de medicina.
Ambos conseguem ainda o prodígio adicional de fazerem mais (em produção de actos médicos e número de pacientes tratados) com menos meios (do que os outros). São referências na gestão hospitalar pública.
Os hospitais do Porto são feitos por milhares de profissionais e servem milhões de pessoas (todo o Norte, na verdade). Eles são espectaculares. Não necessariamente por um dia termos precisado deles ou por estarmos certos de que voltaremos a precisar, só temos que lhes agradecer por serem tão bons a tratar de nós. Obrigado.
Escreve à quinta-feira