Défice. “Deixam herança pesada”, avisa PS

Défice. “Deixam herança pesada”, avisa PS


Pedro Nuno Santos garante que o PS está “preparado” para a derrapagem.


Com o PS por Aveiro (Águeda), a declaração sobre o relatório das Contas Públicas, relativo ao ano passado e ao défice apurado no primeiro semestre deste ano, ficou para o cabeça-de-lista Pedro Nuno Santos.

O deputado socialista chama à derrapagem no défice “o maior lapso de Pedro Passos Coelho” e prevê que o atraso na venda do Novo Banco implique nova injecção de capital e, com isso, o agravamento dos 2,7% de défice previstos para este ano.

O discurso da “pesada herança”, tão usado pelo PS na era de José Sócrates, regressa com a pressão do Novo Banco sobre as contas públicas.

O PS, que está em linha para governar, já prevê que “muito provavelmente será necessário injectar capital no Novo Banco e, infelizmente, Banco de Portugal e o governo fracassaram na venda e quem terá de injectar serão mesmo os contribuintes”, afirma Pedro Nuno Santos que recorda: “Em 2013 esconderam o problema do BES para assegurar a saída limpa, depois garantiram que não tinha custos para os contribuintes, infelizmente ainda não sabemos o custo do Novo Banco para 2015.

Com isto, os socialistas não têm dúvidas da derrapagem nas contas que o próximo governo vai herdam já que “para cumprir a meta de 2015 o país teria de ter no segundo semestre deste ano um défice de 1% e foi de 4,7%”.

“Deixam uma herança pesada, mas o PS está pronto para governar, tem um programa estudado e preparado para enfrentar as dificuldades que vai ter pela frente”, disse esta quarta-feira Pedro Nuno Santos. “As medidas do défice são a única forma de sairmos do buraco em que Pedro Passos Coelho nos deixou”, concluiu.

Quanto ao défice apurado em 2014 (7,2% do PIB quando a previsão do governo era 4,5%), o deputado do PS diz que “representa o maior fracasso da governação de Pedro Passo Coelho. émesmo aquele que é o seu maior lapso”.

E elencou “Empobreceu o país, degradou os serviços públicos, aumentou a emigração, aumentou o desemprego e no final o défice está praticamente nos mesmos níveis que estava em 2011 e a dívida pública está a aumentar”.