Barack Obama prometeu, em Agosto, dar o maior passo de sempre na luta contra o aquecimento global. Para dar o exemplo no combate à poluição, o presidente norte-americano anunciou planos para cortar um terço nas emissões de dióxido de carbono resultantes da produção de energia até 2030, face aos valores que se registavam em 2005. Ou seja, o equivalente a retirar 70% dos carros nos Estados Unidos.
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De acordo com as contas do presidente norte-americano, o investimento que terá de ser feito em renováveis e para adaptar as centrais aos novos limites será de 8,4 mil milhões de dólares. Ao mesmo tempo, as famílias conseguirão poupar, em média, 85 dólares (77 euros) por ano na factura energética a partir de 2030.
No dia em que apresentou o “Plano Energia Limpa”, Obama disse: “Somos a primeira geração a sentir os impactos das mudanças climáticas e a última capaz de fazer algo a respeito”, afirmou. “Se não agirmos, ninguém agirá.”
A verdade é que este programa acabou por dividir o país. Opositores afirmaram que o presidente americano estava a declarar uma “guerra contra o carvão”, que actualmente é responsável por mais de um terço da geração energética do país e um dos sectores mais importante para a economia de alguns Estados americanos.
Apesar das críticas, Barack Obama espera chegar à próxima reunião das Nações Unidas sobre clima, no próximo mês de Dezembro, em Paris, em posição fortalecida para negociar metas globais para a redução das emissões de carbono. Nessa altura deverá ser aprovado, pela primeira vez, um acordo global, vinculativo e suficientemente ambicioso em matéria climática.