Autoridades dos EUA abrem investigação criminal do escândalo Volkswagen

Autoridades dos EUA abrem investigação criminal do escândalo Volkswagen


Grupo admitiu ter falseado as emissões de gases poluentes em cerca de meio milhão de carros.


As autoridades dos Estados Unidos abriram uma investigação criminal contra o grupo Volkswagen, que admitiu ter falseado as emissões de gases poluentes em cerca de meio milhão de carros a gasóleo vendidos naquele país, disse hoje uma fonte à AFP.

A investigação está a ser realizada pela divisão do Departamento de Justiça dos EUA (DoJ), responsável pelas questões relacionadas com os recursos naturais, adiantou a mesma fonte sob condição de anonimato.

O grupo automóvel alemão, que admitiu ter um 'software' nos carros que falseia os testes de controle de poluição, já está sob a investigação dos Estados Unidos pela Agência Ambiental Federal (EPA), que poderá impor uma multa até 18 mil milhões de dólares (cerca de 15,9 mil milhões de euros).

A Agência de Proteção Ambiental da Califórnia também está a realizar as suas próprias investigações sobre a Volkswagen, que também está exposta às queixas coletivas de compradores que se considerarem enganados.

Este escândalo, que levantou uma tempestade na Europa, estará também "nas próximas semanas" no centro de uma audiência do Congresso dos Estados Unidos, disseram dois deputados da Subcomissão de Energia e Comércio da Casa dos Representantes.

Também foram abertas investigações na Alemanha e em Itália.

O grupo Volkswagen anunciou hoje que mais de 11 milhões de carros a gasóleo em todo o mundo foram equipados com um determinado tipo de motor que poderia distorcer os dados de emissões.

Em comunicado, o grupo faz questão de esclarecer que "os veículos novos do grupo Volkswagen com motores diesel UE 6, atualmente disponíveis na União Europeia, estão em conformidade com os requisitos legais e as normas ambientais", mas que os veículos "com motores tipo EA 189, envolvendo cerca de onze milhões de automóveis em todo o mundo", poderão ter discrepâncias nos dados das emissões.

Lusa