Grécia. Syriza vence eleições e repete Janeiro

Grécia. Syriza vence eleições e repete Janeiro


Com 30% dos votos apurados, Syriza surgia com 35,33% e o ANEL, ex-parceiros de coligação de Tsipras, com votos suficientes para voltar a dar a maioria. ND já reconheceu derrota. Sondagens voltaram a falhar (em actualização)


Ainda com apenas 30% dos votos apurados, Evangelos Meimarakis, líder da Nova Democracia, já tinha visto o suficiente. Reconheceu a derrota e deu os parabéns a Tsipras. O que era para ser uma votação equilibrada, diziam as sondagens, ficou longe disso.

Ao final de um terço dos votos contados, o Syriza já liderava com 35,33% e a Nova Democracia com 28,15%. Além da votação não ter sido tão renhida quanto antecipavam as sondagens, estes inquéritos falharam também nas previsões sobre a votação dos Gregos Independentes (ANEL), a quem não davam mais de 3%.

"A estrada à nossa frente está livre para trabalharmos e lutarmos", reagiu Alexis Tsipras através do Twitter.

 

 

Os anteriores parceiros de coligação do Syriza deverão colocar-se em boa posição para regressar ao governo com Tsipras. O ANEL contava com 3,74% dos votos apurados, valor que a registar-se até ao final da contagem levará à eleição de 10 deputados, número suficiente para dar a maioria ao Syriza – ou seja, repetindo o que aconteceu em Janeiro. Até ao momento, os 35,33% de votos para Alexis Tsipras asseguram 145 lugares ao Syriza.

O partido de extrema-direita, Aurora Dourada, mantém-se como a terceira força política mais votada, tal como em Janeiro, chegando até agora aos 7,23% dos votos.

O Pasok surge em quarto lugar, com 6,42%, à frente do partido comunista (KKE), que reúne 5,5% dos votos. Seguem-se Potami (3,83%), Gregos Independentes (3,74%) e União Centrista (3,52%), até ao momento os únicos com mais de 3% – mínimo para entrar no parlamento.

A Unidade Popular, partido que nasceu da cisão da Plataforma de Esquerda do Syriza, está com dificuldades em atingir o patamar mínimo, reunindo até agora 2,78% dos votos. Este resultado, em conjunto com a votação prevista para Tsipras, permitirá ao líder do Syriza anular a contestação interna.